A piscina do Copacabana Palace é provavelmente a mais famosa do Brasil. É com vista para ela que fica localizado o Cipriani, o restaurante comandado pelo chef napolitano Nello Cassesse, dono de uma estrela Michelin a parte do 50 best América Latina, em um suntuoso salão no térreo do anexo do hotel. Jantar ali é uma experiência única, o restaurante não tem menu a la carte, somente degustação. O cardápio varia com a sazonalidade e as ideias agitadas de Nello. Tem louça própria, assinada pelo Chef, e o melhor dos ingredientes que circulam pelo mundo e pela América Latina.
Difícil pensar em algo mais exclusivo do que sentar naquele salão suntuoso e observar personagens do jet set circulando pelo hotel, não? Pois há. Pouquíssimos (e discretos) clientes podem simplesmente atravessar o salão em direção à saída da cozinha, atravessar uma cortina, um pequeno aposento de madeira e uma porta pesada para enfim chegar à cozinha do Cipriani. Ali há secretamente localizada, uma mesa para seis pessoas, onde é servida uma das experiências mais únicas da gastronomia brasileira e mundial e onde os clientes podem ver o chef finalizando pratos e comandando a silenciosa e orquestrada equipe que faz o Cipriani todas as noites.
Desde abril de 2024, a casa de champanhes Dom Pérignon passou a assinar a mesa do chef do Cipriani. O menu de dez etapas é harmonizado com garrafas da maison e oferecido em duas versões: a Mesa do Chef Experience Plenitude 1, que começa com uma taça de Dom Pérignon Vintage 2013 e segue com vinhos italianos e brasileiros (R$ 2950 + 10% de taxa); e a Full Experience Plenitude com garrafas de Plenitude 2 e 3 e vinhos italianos, servidas em taças Riedl.
Cheguei ao Cipriani às 20h e já fui recebida com um brinde de Dom Pérignon Vintage 2013. As entradas, de comer de joelhos, eram compostas pela tradicional pizza frita criada por Nello, feita com Bottarga, Burrata defumada e basílico. Apesar no nome, não é exatamente uma pizza comum. Na sequência, e acompanhado de uma garrafa de Plenitude 2, mais encorpada e gastronômica do que a primeira, Buri acompanhado de caju e um purê de salsa verde. O risoto (de arroz com grãos envelhecidos por sete anos) de polvo a cacciatora veio na companhia de uma garrafa de champanhe rosé, de 2009. Ainda com o rosé, um raviolo de ostras de uma mineralidade marcante. Na sequência, cordeiro e um Barolo. As sobremesas são um capitulo à parte, com o tiramissu mais delicado que já experimentei (nas minhas viagens para a Itália, peço Tiramissu em todas as refeições), seguido pelo carrinho de doces mais charmoso que você verá e um gelato feito na hora por Nello com uma consistência e textura atingíveis somente quando feito dessa forma, um sorvete dos deuses.
É uma experiência única e, segundo corre à boca pequena nos corredores do Copa, buscada pelos mais célebres hóspedes que gostam de jantar no anonimato. Será que Madonna passou por lá?
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