Torneio de Wimbledon: uma ode ao tênis e à tradição britânica

Em sua 137ª edição, o Torneio de Wimbledon 2024 acontece de 1º a 14 de julho. O atual campeão individual masculino, o espanhol Carlos Alcaraz, começará a jogar na quadra central, seguindo os passos do suíço Roger Federer, oito vezes campeão de Wimbledon e também embaixador Rolex, que defendeu com sucesso seu primeiro título de Grand Slam no torneio há 20 anos.

Desde 1978, a relojoaria suíça é cronometrista oficial de Wimbledon. De lá para cá, a marca sempre cultivou uma relação próxima com o tênis, apoiando as principais competições de todo o mundo. Além de Alcaraz e Federer, seu squad ainda conta com a alemã Angelique Kerber, campeã de Wimbledon 2018, e a americana Coco Gauff, que conquistou a vitória no Aberto dos Estados Unidos de 202

Considerado o mais antigo e prestigioso evento do tênis mundial, o Torneio de Wimbledon teve início em 1877. Rapidamente, ganhou reputação internacional devido à sua grama impecável, que proporciona um jogo rápido e desafiador, e também pelas suas tradições únicas, como o uso obrigatório de roupas brancas pelos jogadores.

Ao longo dos anos, a competição não apenas testemunhou momentos lendários e rivalidades históricas, mas também incorporou valores de fair play e elegância. Sua "Centre Court", quadra central onde os jogos finais são disputados, também é mundialmente conhecida, assim como o tradicional tea time (intervalo para o chá), que é mantido até hoje como parte essencial da experiência de Wimbledon.

Em 1884, o torneio passou a admitir jogadoras femininas, sendo a primeira campeã a britânica Maud Watson. Desde então e ano após ano, Wimbledon se consolidou como um ponto focal do calendário esportivo mundial, conhecido não apenas pelos jogos emocionantes, mas também pela atmosfera sofisticada e pelos rituais cerimoniais que cercam o evento, transcendendo o esporte para se tornar um marco cultural britânico.

"Minha estreia em Wimbledon significou muito para mim – foi um momento incrível na minha carreira. Acho que não compreendi completamente a importância disso na época, e talvez ainda não tenha entendido até agora", diz Coco, de 20 anos, que atualmente ocupa a segunda posição em simples no WTA (Associação de Tênis Feminino), ficando atrás da polonesa Iga Swiatek. "O torneio me fez acreditar no meu jogo e no que poderia alcançar no tênis. Refletir sobre esse momento sempre me lembra do destemor que demonstrei e que devo continuar a jogar desta forma", acrescenta a atleta que, aos 15 anos e três meses, se tornou a jogadora mais jovem a chegar à chave principal de Wimbledon. Em sua estreia, ela derrotou a pentacampeã do torneio, Venus Williams.

Outra mulher que fez e faz história no tênis é Angelique Kerber, que voltou ao circuito no começo desta temporada, após fazer uma pausa para ser mãe pela primeira vez. "Espero mostrar à próxima geração de tenistas que fazer o que você ama é a coisa mais importante. Voltei ao tênis porque é minha paixão e senti falta da sensação de jogar. Para as mulheres em qualquer esporte, acho importante sentir que são bem-vindas e que se você sonhar e continuar praticando poderá alcançar grandes coisas", incentiva Kerber.

Vale pontuar que, desde 1973, o tênis lidera, no universo esportivo, o movimento pela igualdade salarial entre os gêneros. Tudo graças a uma mulher: a americana Billie Jean King, que depois de ganhar o US Open de 1972 passou a exigir prêmios em dinheiro iguais para homens e mulheres. Com o apoio de um patrocinador, ela fez com que o US Open se tornasse, então, o primeiro torneio de tênis a igualar as premiações nas chaves feminina e masculina.