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Não é incomum conhecer alguém que sofre com algum tipo de queda capilar ou alopecia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que 42 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de queda de cabelo. Segundo a National Alopecia Areata Foundation, aproximadamente 2% da população mundial experimentará alopecia areata em algum momento da vida, o que equivale a cerca de 160 milhões de pessoas em todo o mundo.

O médico tricologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, Adriano Almeida, destaca que existem diferentes tipos de alopecias e, embora os homens sejam afetados de uma forma mais evidente e grave por determinadas variedades, as mulheres também enfrentam esse problema. "As alopecias afetam ambos os sexos e podem ser desencadeadas por inúmeros fatores que vão desde questões hormonais, hábitos, medicamentos, genética e doenças autoimunes", resume. "Entre as alopecias mais comuns estão a areata, androgenética e o eflúvio telógeno, que se manifestam de formas semelhantes em homens e mulheres", completa a médica tricologista Ana Carina Junqueira.

Quais são os tipos de alopécia, como identificá-las e suas causas:

Alopecia Areata

Uma das formas mais comuns de alopecia, ela pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo ou idade. Geralmente, é mais comum em adultos jovens, mas pode ocorrer em qualquer momento da vida. Sua principal característica é a queda de cabelo ou pelos em áreas pequenas e arredondadas. Ela pode afetar qualquer parte do corpo.

Causa: Doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca os folículos capilares; fatores emocionais e quadros infecciosos estão entre as principais causas e fatores de agravamento.

Alopecia Androgenética

Também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino, é mais comum em homens, embora também afete mulheres. A idade é um dos fatores que desencadeia a doença, e ela costuma ser mais comum em pessoas mais velhas. Sua principal característica é o afinamento progressivo do fio no couro cabeludo, geralmente na linha do cabelo e no topo da cabeça. Em homens, pode levar à calvície total. Em mulheres, geralmente causa afinamento difuso.


Causa: Sua principal causa é genética. Apesar de ficar visível apenas na idade adulta, a doença começa a se desenvolver na adolescência, quando o estímulo hormonal passa a ocorrer, e faz com que, progressivamente, os fios fiquem mais finos.

Alopecia Universalis

Uma forma rara e avançada de alopecia areata, trata-se de uma condição que leva à perda total de todos os pelos do corpo, incluindo cabelo, sobrancelhas, cílios e pelos corporais, incluindo braços, pernas e região genital.

Causa: A causa exata não é completamente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da condição. Sabe-se que se trata de uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca erroneamente os folículos pilosos, resultando na queda de pelos.

Alopecia Totalis

Alopecia Totalis é uma forma avançada de alopecia areata, uma condição autoimune que resulta na perda completa de todo o cabelo do couro cabeludo. Diferente da alopecia universalis, ela não afeta os pelos de outras partes do corpo, como sobrancelhas, cílios e pelos corporais, apenas os cabelos

Causa: sua causa exata também não é completamente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da condição.

Alopecia de Tração

Como o nome indica, a alopecia de tração é caracterizada pela perda de cabelo devido ao uso excessivo de penteados que causam tração nos folículos capilares, como rabos de cavalo, coques e alguns tipos de tranças. Essa tração repetitiva danifica os folículos e pode levar à queda de cabelo. Sua principal característica é a queda de cabelo na região da acima da testa. Trata-se de uma condição mais comum em mulheres.

Causa: além dos penteados, o uso frequente de produtos químicos agressivos, como alisantes e relaxantes, também pode contribuir para a condição.

Alopecia Cicatricial

Esta alopecia faz parte de um grupo de doenças raras que destroem os folículos capilares acompanhada de cicatrizes. O folículo piloso é substituído por tecido cicatricial, resultando em perda permanente de cabelo. Além das cicatrizes, outra característica é que a área afetada também pode apresentar vermelhidão, descamação, pústulas ou dor.

Causa: este tipo de alopecia pode ser causada por condições de saúde como lúpus e liquen plano, doença que começa como uma erupção de pequenas manchas que, em seguida, se combinam até formar placas rugosas e escamosas.

Eflúvio Telógeno

Entre os tipos de queda capilar mais comum, o eflúvio telógeno é uma condição temporária de queda de cabelo que ocorre quando um grande número de folículos capilares entra prematuramente na fase de repouso (telógeno) do ciclo capilar. Frequentemente reversível, a condição é caracterizada pela queda de cabelo difusa e generalizada em todo o couro cabeludo, em vez de áreas específicas de calvície.

Causa: sua causa pode estar associada a diferentes fatores, como estresse físico ou emocional; alterações hormonais, principalmente durante a gravidez, menopausa ou problemas da tireoide; deficiências nutricionais, como uma alimentação baixa em proteínas e ferro; medicamentos, como anticoagulantes, antidepressivos, anticoncepcionais, e tratamentos para pressão alta; e doenças crônicas ou autoimunes, como lúpus ou infecções graves.

Quais são os primeiros sinais de alopecia?

Notou queda capilar durante a lavagem do cabelo? Calma! A queda controlada é normal, no entanto, se notar uma quantidade exagerada de fios no travesseiro, na escova ou pela casa, vale buscar ajuda médica. "Perda de mais de 150 fios de cabelos diariamente, afinamento dos fios, vermelhidão e descamação no couro cabeludo são alguns dos sinais que você deve procurar um especialista", diz Adriano. "Entre os indicadores mais evidentes de uma provável alopécia, estão o aumento do repartido central (linha do meio do couro cabeludo), rarefação dos fios e couro mais visível", complementa Ana.

Quais os tratamentos mais comuns para alopecia?

Antes de recorrer a qualquer tratamento, é fundamental procurar um especialista para identificar o tipo de alopecia e fazer a intervenção de acordo com as recomendações médicas. Dependendo do diagnóstico, o tratamento pode ser feito por meio de mudanças de hábitos ou controle de outras doenças. "As opções terapêuticas passam por loções capilares, medicações orais, aplicações de medicamentos injetáveis em couro cabeludo (mesoterapia), laser e transplante capilar", resume Adriano Almeida. Entre os tratamentos mais comuns, estão o uso da finasterida, minoxidil oral, laser fracionado não ablativo, mesoterapia, microagulhamento e exossomos. "Para alopecia areata, podemos utilizar corticoides tópicos e injetáveis e até imunomoduladores da classe dos inibidores da JAK, a depender da gravidade do quadro", completa Ana Carina Junqueira.

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