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    Serviços no RS tiveram queda de 13,6% na receita nominal, diz IBGE

    Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

    Área alagada de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul
    Área alagada de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul 10/04/2024REUTERS/Amanda Perobelli

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    As inundações no Rio Grande do Sul derrubaram a receita nominal do setor de serviços no Estado, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Porém, por uma oscilação extraordinária em um deflator da pesquisa, o volume de serviços prestados ficou positivo na região.

    “De maneira geral, os serviços presenciais ficaram prejudicados.

    O aeroporto de Porto Alegre ficou fechado”, frisou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, acrescentando que houve perdas, em geral, no transporte de cargas e nos serviços prestados às famílias na região.

    Os serviços tiveram uma queda de 13,6% na receita nominal no Rio Grande do Sul em maio ante abril, mas o volume de serviços prestados cresceu 0,6% no período.

    O IBGE explica que o resultado do volume ficou contaminado pela queda de 86,18% no preço do subitem pedágio apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio.

    O subitem é usado como deflator da receita nominal das concessionárias de rodovias e, em combinação com o subitem óleo diesel, também deflaciona o resultado do transporte rodoviário de cargas.

    “Vale destacar que várias concessionárias de rodovias interromperam as cobranças de tarifas no Rio Grande do Sul, visando a facilitar o deslocamento de veículos que transportavam donativos ou que estivessem envolvidos em operações de resgate de vítimas das enchentes no Estado”, justificou o IBGE.

    Lobo ressalta que essa queda brusca nos preços dos pedágios acabou acarretando um aumento do volume de serviços prestados no Estado.

    Segundo ele, a melhor forma no momento de mensurar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul é olhar a receita nominal em maio e acompanhar o comportamento de preços de deflatores nos próximos meses.

    O pesquisador frisa que a normalização dos preços de pedágios vai pressionar, via deflator, o volume de serviços no Rio Grande do Sul em junho, especialmente nos ramos de concessionárias de rodovias e transporte de cargas.

    “Vamos avaliar melhor o impacto quando o distúrbio no nível de preços estiver exaurido”, afirmou. “O resultado de 0,6% (alta no volume em maio) fica contaminado por uma distorção no nível de preços”.

    Após a queda em maio, o IPCA de junho mostrou que o subitem pedágio teve uma elevação de preços de +358,36%. Na comparação com maio de 2023, o volume de serviços prestados no Rio Grande do Sul caiu 5,4% em maio de 2024.