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    Nego Di é transferido para Penitenciária de Canoas, no Rio Grande do Sul

    Investigado por estelionato, influenciador foi preso na manhã deste domingo (14) em Santa Catarina

    Rafael Villarroelda CNN São Paulo

    O influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, na noite deste domingo (14).

    Ele foi preso preventivamente nesta manhã, em Santa Catarina, e foi levado sob custódia para o Rio Grande do Sul, onde corre o processo em que é acusado de estelionato.

    No início da noite, ele estava no Palácio da Polícia, na capital gaúcha, segundo disse seu advogado à CNN.

    O trajeto entre a sede da Polícia Civil gaúcha até a Penitenciária tem cerca de 26 quilômetros e dura 30 minutos.

    Anderson Boneti, que também é suspeito de estelionato e é acusado de ser sócio do humorista no esquema, está foragido.

    Segundo a polícia, o prejuízo das 370 vítimas no esquema passa de R$ 5 milhões de reais.

    O esquema

    Segundo as investigações, Nego Di vendia produtos incluindo TVs, ar-condicionado e aparelhos celulares por um preço abaixo do mercado e não os entregava.

    Nas redes, ele dizia ter sido contratado por Boneti para apenas divulgar os produtos, mas em um outro vídeo dizia ser o dono e garantia a entrega do produto aos clientes.

    Uma das vítimas do golpe, que teve um prejuízo de R$ 30 mil, ao comprar dois celulares e alguns ar-condicionado, contou à CNN sobre o modus operandi de Nego Di.

    Segundo ela, o suspeito vendeu, em 2022, aparelhos celulares com valores bem abaixo do mercado e fez a entrega, para dar veracidade ao golpe.

    Logo após, ele anunciou que criaria uma loja virtual, vendendo produtos em preço baixo para todos pudessem ter acesso.

    O prazo de entrega dos produtos eram de 50 dias, o que para a polícia foi um plano idealizado por Nego Di, para poder ludibriar outras pessoas, fazendo mais promoções para atrair outros clientes nesse tempo.

    A partir da procura das vítimas à polícia, houve quebra de sigilo bancário, demonstrando que, em um curto período de tempo Nego Di recebeu mais de R$ 300 mil reais, confirmando o dolo de estelionato.

    O que dizem as defesas

    CNN procurou a defesa do humorista que disse que irá entrar com Habeas Corpus, pedindo com que o suspeito responda o processo em liberdade, pois tem endereço fixo, por ser réu primário e por estar colaborando com as investigações.

    Ainda segundo o advogado que representa Nego Di, o MPRS ofereceu a denúncia, porém seu cliente ainda não foi citado, ou seja, ainda não é réu pelo crime em questão.

    A defesa de Anderson Boneti não foi localizada até a publicação desta reportagem.