Uma pesquisa realizada no mês de janeiro pela Kapersky Lab revelou que 80% dos casais já discutiram por motivos que envolvem tecnologia. Entre as principais causas de desentendimento estão: passar tempo demais no celular, dar mais atenção ao telefone do que ao companheiro e interpretar textos ou emojis equivocadamente.
O estudo ainda apontou números curiosos sobre o uso da tecnologia entre os casais, como o alto índice de compartilhamento de senhas de celular, a necessidade de permissão para postar fotos com o companheiro e a frequência de conversa online entre os parceiros. Confira, nas linhas a seguir, outros dados interessantes sobre tecnologia e relacionamento.
![Pesquisa indica que uso excessivo de celular pode ser prejudicial para casais — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab](https://s2-techtudo.glbimg.com/2y-R9YSbqqdr-QCcSXWjkvDpKmk=/0x0:1460x958/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/Z/A/7SH7EyTAiIXp0IhWlpFg/connected-love-report-part-2-featured.jpg)
O estudo foi realizado em parceria com a empresa de pesquisas Toluna, e entrevistou 18 mil pessoas (em números iguais de homens e mulheres) em 18 países, incluindo o Brasil. Todos os participantes eram maiores de 18 anos e estavam em um relacionamento estável há pelo menos seis meses.
1. 80% dos casais já brigaram por causa de tecnologia
De acordo com a pesquisa, quase todos os entrevistados já brigaram por razões que envolvem a tecnologia. Um dos fatores que mais causou desentendimentos foi o uso excessivo de smartphones durante a convivência pessoal do casal, como em refeições, por exemplo. O dado revela uma frustração do companheiro em parecer menos interessante do que um aparelho.
Essa foi a situação de 51% dos entrevistados. Além disso, 55% dos casais, em geral, afirmaram já ter brigado por causa do uso excessivo do celular por parte do companheiro em uma ocasião qualquer. Contrariamente, a ausência do celular também gera brigas: 45% dos casais já discutiram porque um dos dois esqueceu de carregar o aparelho, o que ocasionou uma falta de comunicação entre eles.
2. Metade dos entrevistados dá a senha do celular ao parceiro
50% dos participantes declararam compartilhar a senha ou a combinação pessoal de desbloqueio do próprio celular. Outros 26% disseram que armazenam conteúdos íntimos nos dispositivos dos parceiros. São casos que demonstram total confiança no companheiro.
Ainda em relação à privacidade do celular, um dilema foi proposto: quando uma mensagem chega no celular do parceiro, você lê o conteúdo para ele, apenas o avisa que chegou uma mensagem ou aproveita um descuido para bisbilhotar o aparelho? 3% dos entrevistados confessaram ultrapassar o limite da privacidade e acessarem o aparelho sem o consentimento do outro. Contudo, o hábito mais popular entre os entrevistados é o famoso "stalkear": um terço deles admitiu que espiona os passos do companheiro apenas pelas redes sociais.
![Senha do celular é compartilhada entre namorados — Foto: Thássius Veloso/TechTudo](https://s2-techtudo.glbimg.com/nUiqrZ0bUQRTJla4i-NC_hRyaXA=/0x0:695x463/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/po/tt2/f/original/2017/03/31/5ios-10-sistema-do-iphone-7-teve-tela-de-bloqueio-redesenhada.jpg)
3. Mais de 70% diz não ter segredos online, mas prefere manter a privacidade
A privacidade individual foi defendida pela maioria dos entrevistados. 72% alegam não ter nada para esconder dos parceiros. Entretanto, 61% admitem que não gostariam que o companheiro soubesse das suas atividades online, principalmente quanto ao conteúdo das mensagens enviadas a outras pessoas. Ou seja, mais da metade acredita que cada um deve ter seu próprio espaço privado. Em contrapartida, 70% dos casais também confirmaram que o relacionamento é mais importante do que a privacidade e, em muitos casos, não ter segredos virtuais pode ser o melhor caminho para uma boa convivência.
4. 45% dos casais brigam por interpretação errada de mensagens enviadas
Quase a metade dos casais entrevistados admitiu já ter discutido por compreenderem errado os textos ou imagens enviadas pelo parceiro. Esse índice é maior entre os namorados: 53% deles confessaram confundir a intenção do parceiro em interações online. Acredite: os emojis também foram citados na pesquisa como motivos para brigas entre os casais devido à falta de compreensão.
Essas brigas se mostraram menos frequentes entre casais já casados: apenas 38% declararam não se compreender na Internet. Falar claramente um com o outro, ser honesto e objetivo ao expor sentimentos pode ser a melhor saída para evitar brigas desnecessárias.
![Pesquisa identificou namorados que brigaram por causa de textos e emojis compreendidos de forma errada — Foto: Viviane Werneck/TechTudo](https://s2-techtudo.glbimg.com/EZUYooz_uqfGYYaWGLuSqMdPDic=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/d/k/1pqgrFQH2iDyX3AQSGOQ/teclado-emoji-samgung.jpg)
5. 56% acreditam que o parceiro deve pedir permissão para postar fotos suas
Ao entrar em uma relação, a preocupação com a exposição da imagem no mundo digital deixa de pertencer somente a você e passa a pertencer aos dois indivíduos envolvidos. A maioria dos entrevistados acha que o parceiro deve pedir seu consentimento antes de publicar textos, fotos e vídeos do casal, respeitando sua vida privada. Além da exposição, há uma preocupação com a segurança das informações. A pesquisa indicou que este comportamento é observado principalmente entre aqueles que admitem que não estão completamente felizes e satisfeitos com o relacionamento.
6. Mais de 60% dos casais que compartilham serviços online já brigaram
![Casais que compartilham serviços online podem brigar mais, segundo pesquisa — Foto: Luciana Maline/TechTudo](https://s2-techtudo.glbimg.com/wXmXyNCw0edxUtf7mxjxvUBXHsc=/0x0:4492x2994/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/po/tt2/f/original/2014/06/10/foto_casal_1.jpg)
Entre os casais entrevistados, 55% responderam que compartilham contas em serviços de streaming como Netflix e Spotify, além de informações de trabalho e senhas bancárias no mesmo aparelho. 66% deles afirmaram que brigam por conta do uso partilhado. Esse compartilhamento pode ser prejudicial no momento em que não há cuidados necessários com a segurança dos dados e aparelhos do outro.
Isso é comprovado pela própria pesquisa: um terço dos entrevistados já excluiu dados acidentalmente, 30% afirmaram ter quebrado um aparelho do parceiro e 27% até o perderam. Ou seja, os dispositivos podem unir os casais, mas também podem distanciá-los, com atritos e brigas motivadas por essas razões.
7. 31% das pessoas evitam pedir ajuda ao parceiro para resolver problemas online
Ainda tratando dos casos em que há um compartilhamento de serviços e aparelhos digitais, nove entre dez pessoas ajudam o companheiro quando ele precisa resolver um problema tecnológico. No entanto, 31% das pessoas que não ligam para segurança cibernética evitam pedir ajuda para o parceiro quando enfrentam problemas na Internet.
Isso pode acarretar em perda de dados ou dispositivos danificados e, consequentemente, em mais brigas sobre tecnologia entre o casal. A Kaspersky descobriu, ainda, que os homens costumam evitar pedir ajuda com maior frequência do que as mulheres (43% contra 28%).
8. Um terço dos casais confessou que conversa mais pela Internet do que pessoalmente
34% dos casais afirmaram que interagem entre si mais virtualmente do que de forma física. Para esses casais, as conversas constantes no dia a dia podem ser saudáveis para a relação, diminuindo a distância causada pela rotina de trabalho e estudos. Esse número é maior entre os casais de namorados, que geralmente moram em casas separadas, do que entre parceiros que moram juntos. A estatística também cresce entre relações homoafetivas, das quais 66% dos casais masculinos e 42% dos femininos afirmaram conversar mais pela Internet do que pessoalmente.
![Um terço dos casais entrevistados declarou conversar mais pela Internet do que pessoalmente — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab](https://s2-techtudo.glbimg.com/nK6eXfG3-WDivz4KAF68EWgDW8s=/0x0:1024x672/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/A/i/ebbRoWRte1HzsEu8Kejg/connected-love-report-featured-1024x672.jpg)
9. 52% deletam fotos do ex quando terminam o relacionamento
A privacidade e a segurança das informações compartilhadas também são assuntos tratados após o término do relacionamento. 52% das pessoas disseram apagar todas as informações do ex-namorado do celular. Neste momento, é importante respeitar os dados pessoais e íntimos que foram compartilhados entre os dois.
Em relação às redes sociais, 48% dos entrevistados apagam todas as informações compartilhadas após o fim do relacionamento. Outros 48% encerram a amizade virtual com o ex-companheiro, e 37% ainda os bloqueiam a fim de impedir qualquer tipo de contato. Mas a pesquisa também identificou que 31% das pessoas continuam espionando a vida do ex nas redes sociais.