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Por Ana Letícia Loubak, para o TechTudo


Quem navega com frequência na Internet vira e mexe se depara com modinhas e desafios virais. Ainda que por um breve período, esses conteúdos são sucesso absoluto nas redes sociais e costumam chamar a atenção por serem divertidos e engraçados. Alguns deles, porém, causam bastante estranheza e impressionam por sua "bizarrice". É o caso, por exemplo, dos vídeos de ASMR, do "desafio da camisinha" e das lives de mokbang, em que pessoas filmam a si mesmas comendo. Na lista a seguir, conheça sete febres bizarras que circularam na Internet.

Redes sociais que (quase) todo mundo já usou

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1. Vídeos de quiropraxia

Empregue desde o século XIX, a quiropraxia é uma técnica de medicina alternativa que utiliza as mãos para diagnosticar, tratar e prevenir problemas no sistema músculo-esquelético. A novidade, porém, é que assistir a vídeos de tratamento quiroprático virou febre no YouTube. O motivo? Ao que tudo indica, as pessoas gostam de ouvir os estalos que a coluna vertebral produz durante o tratamento.

Vídeos de quiropraxia são febre no YouTube — Foto: Reprodução/YouTube (QueroQuiro)
Vídeos de quiropraxia são febre no YouTube — Foto: Reprodução/YouTube (QueroQuiro)

Os vídeos costumam seguir o mesmo roteiro: o paciente descreve seu problema para um quiroprático e deita em uma maca. Em seguida, o profissional começa a pressionar as regiões do corpo onde há dor. Ao final, o paciente relata suas impressões e experiências durante a sessão.

No Brasil, um dos maiores canais de quiropraxia é o QueroQuiro, cujos três vídeos mais populares ultrapassam a marca de 8,6 milhões de visualizações. "Tenha uma vida livre de dores e com saúde de forma natural com a Quiropraxia. Veja nossos vídeos e se delicie com os estalos", diz a descrição da página.

2. Mewing

Vídeos ensinam "mewing", técnica que promete melhorar o formato do rosto com truque envolvendo a língua  — Foto: Reprodução/YouTube (July Neptune)
Vídeos ensinam "mewing", técnica que promete melhorar o formato do rosto com truque envolvendo a língua — Foto: Reprodução/YouTube (July Neptune)

Imagine aperfeiçoar o formato do seu rosto com um truque tão simples quanto achatar a língua contra o céu da boca. É isso que promete o mewing, uma das mais recentes manias da Internet. Os praticantes da técnica, que tomou conta do YouTube e do Instagram, dizem que ela ajuda a definir o queixo e a alinhar as fileiras de cima e de baixo dos dentes, além de melhorar a respiração e contribuir para o alívio de dores musculares bucais.

A premissa do mewing atraiu muitos interessados. No YouTube, é possível encontrar inúmeros vídeos como "Quer ter um rosto atraente? Mewing: corrija a postura da sua língua" e "Como mudei minha estrutura óssea facial com mewing". Os autores dos conteúdos, de maioria jovem, mostram o progresso da transformação, comparando o antes e depois da técnica.

3. ASMR

Os vídeos de ASMR viraram moda no YouTube e no Instagram em 2018. Nesse tipo de conteúdo, geralmente procurado por quem quer relaxar, dormir ou mesmo aliviar a ansiedade, é possível ver pessoas amassando slime, cortando sabonetes em pedacinhos ou mastigando alimentos crocantes. Em tese, o cérebro "relaxaria" após o estímulo provocado por essas imagens e sons.

Youtuber brasileira que faz vídeos de ASMR tem mais de 1 milhão de inscritos em seu canal — Foto: Reprodução/YouTube (Sweet Carol)
Youtuber brasileira que faz vídeos de ASMR tem mais de 1 milhão de inscritos em seu canal — Foto: Reprodução/YouTube (Sweet Carol)

Entretanto, os estudos científicos sobre a eficácia dos vídeos ASMR, que significa Autonomous Sensory Meridian Response (ou Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano, em tradução livre), ainda são muito incipientes e não há um parecer conclusivo sobre as possíveis sensações causadas pelos clipes. As experiências podem variar de pessoa para pessoa: enquanto algumas não sentem nenhum estímulo, outras precisam de um gatilho específico.

No Instagram, há mais de 7,6 milhões de publicações marcadas com a hashtag #asmr. A moda dos "orgasmos mentais" também continua em alta no YouTube, em que há uma série de conteúdos produzidos por ASMRtists (fusão entre os termos ASMR e artist), como são chamadas as estrelas desse nicho, que é especialmente popular entre adolescentes.

4. Harlem Shake

Desafio Harlem Shake começou com brincadeira do youtuber Filthy Frank e tomou conta da Internet em 2013 — Foto: Reprodução/YouTube (Filthy Frank)
Desafio Harlem Shake começou com brincadeira do youtuber Filthy Frank e tomou conta da Internet em 2013 — Foto: Reprodução/YouTube (Filthy Frank)

Quem não se lembra do fenômeno Harlem Shake? Em 2013, o YouTube foi tomado por uma série de vídeos em que pessoas faziam danças bizarras ao som do hit Harlem Shake, do artista Baauer. Embora a música tenha sido lançada em maio de 2012, foi em fevereiro do ano seguinte que ela explodiu. Tudo começou com um vídeo do youtuber Filthy Frank — atualmente com mais de 61 milhões de visualizações — em que pessoas fantasiadas dançam ao ritmo da batida da música fazendo movimentos de conotação sexual.

O meme se espalhou rapidamente pela Internet e passou a ser reproduzido por pessoas de todo o mundo. Mas o viral não agradou a todos. Na Austrália, um grupo de mineradores foi demitido após publicar no YouTube um vídeo fazendo a "coreografia maluca" que virou febre na web. Um caso semelhante ocorreu na Inglaterra, quando um grupo de universitários performou o Harlem Shake em uma biblioteca. A brincadeira resultou na demissão da bibliotecária.

5. Desafio da camisinha

Desafio da camisinha traz risco de asfixia — Foto: Reprodução/YouTube (rezendeevil)
Desafio da camisinha traz risco de asfixia — Foto: Reprodução/YouTube (rezendeevil)

O desafio da camisinha (ou condom challenge) deu o que falar nas redes sociais em 2015. A brincadeira consistia em jogar uma camisinha cheia d'água sobre a cabeça para provar a resistência do látex. Os vídeos foram reproduzidos por youtubers famosos e se popularizaram também no Instagram.

Embora o objetivo do desafio fosse incentivar o uso do preservativo ao mostrar o quanto ele é seguro, o viral criou polêmica por trazer riscos à segurança. Isso porque o látex da camisinha tem uma capacidade muito grande de se estender e, se algo der errado, pode acabar envolvendo toda a cabeça e levar à asfixia.

6. Mokbang

Sucesso na Coreia do Sul, vídeos de mokbang mostram pessoas comendo — Foto: Reprodução/YouTube ([Dorothy]도로시)
Sucesso na Coreia do Sul, vídeos de mokbang mostram pessoas comendo — Foto: Reprodução/YouTube ([Dorothy]도로시)

Entre as modinhas bizarras e sem sentido da Internet estão os vídeos de mokbang, em que pessoas filmam a si mesmas comendo. A tendência, cujo nome é uma mistura de duas palavras que significam "comer" e "transmitir" em coreano, começou na Coreia do Sul, em 2014, e caiu no gosto popular do país. Atualmente o mokbang conta com muitos adeptos, e as estrelas desse tipo de vídeo podem ganhar milhões de dólares por ano, segundo reportagem do The Wall Street Journal.

No YouTube, há canais de usuários sul-coreanos e também de norte-americanos dedicados à prática do mokbang. Em geral, os vídeos mostram pessoas consumindo vários tipos de comida ao mesmo tempo. Os alimentos mais recorrentes são frango frito, hambúrguer e macarrão. Os conteúdos mais impressionantes, porém, são aqueles que envolvem grandes quantidades de comida sendo engolidas em tempo surpreendente.

7. Streaming de pessoas estudando

Outra febre bizarra entre os sul-coreanos é assistir a pessoas estudando ao vivo por horas. A moda, apelidada de "gongbang", começou em 2018 e segue popular no YouTube, com adeptos de vários países. Segundo o jornal britânico Daily Mail, só neste ano mais de quatro mil conteúdos sul-coreanos do gênero foram enviados para o portal de vídeos.

Assistir a pessoas estudando por horas a fio é febre entre sul-coreanos — Foto: Reprodução/YouTube (TheStrive Studies)
Assistir a pessoas estudando por horas a fio é febre entre sul-coreanos — Foto: Reprodução/YouTube (TheStrive Studies)

A maior parte das transmissões é quase que completamente silenciosa, exceto por barulhos suaves, como o som de páginas sendo viradas. Outras lives, por sua vez, têm músicas instrumentais de fundo. A duração dos vídeos varia e pode, inclusive, ultrapassar 12 horas.

Alguns youtubers de gongbang afirmam que os vídeos são motivacionais, enquanto outros os apontam como uma forma de provar aos pais que estão trabalhando duro. Vale lembrar que, na cultura sul-coreana, o estudo é levado muito a sério, e práticas como estudar 18 horas por dia não apenas são valorizadas, como também são comuns no país.

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