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Por Thiago Siqueira, para o TechTudo


A Inteligência Artificial é uma área da computação que se dedica à criação de sistemas e máquinas com funcionamento de forma similar ao cérebro humano. A ideia é que esses softwares consigam entender, aprender e criar coisas, facilitando tarefas do dia a dia. Atualmente, a tecnologia vem sendo usada em diferentes áreas, como na fabricação de aparelhos para deixar a casa smart. Mas a inteligência artificial também tem aplicações bastante curiosas, como ler pensamentos e até prever futuros criminosos. O mais impressionante é que ela já vem sendo usada para essas situações. A seguir, veja oito usos inusitados para a IA.

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1. Prever Crimes

A polícia britânica vem utilizando machine learning em uma base de 200 mil pessoas que infringiram leis para “prever” aquelas que têm propensão a cometer crimes de maior potencial como assassinatos e latrocínios - roubo seguido de morte. O sistema inglês custou US$ 12,3 milhões de dólares e pode efetivamente salvar vidas no futuro. A pontuação já é usada para avaliar a probabilidade de reincidência e principalmente: promover intervenções que impeçam a criminalização e prejuízos a pessoas.

Polícia britânica usa inteligência artificial para prevenir crimes — Foto: Jono TakesPhotos/TNW
Polícia britânica usa inteligência artificial para prevenir crimes — Foto: Jono TakesPhotos/TNW

2. Ler os seus pensamentos

Sim, a inteligência artificial quer ler seus pensamentos. Cientistas russos já conseguem captar, por meio de um chapéu, as transmissões neurais do cérebro humano e construir a imagem que uma pessoa está imaginando. O teste não deu muito certo com objetos, mas quando foi testado com pessoas, paisagens e coisas do gênero, de 238 tentativas, 210 foram bem sucedidas.

Apesar das questões éticas envolvidas no desenvolvimento e utilização de tecnologias como essa serem complexas, o Facebook também deseja captar as ondas neurais de um indivíduo e transformá-las em informações interpretáveis.

3. Detectar doenças

Muitos estudos afirmam que a inteligência artificial será capaz de detectar doenças tão bem quanto profissionais de saúde, mas o real potencial da tecnologia ainda é incerto. Neste momento, os casos de pneumonia causados pelo novo coronavírus em Wuhan, epicentro do vírus, já podem ser identificados por uma inteligência artificial. A tecnologia escaneia tomografias computadorizadas e detecta pacientes com a doença ou traços.

De acordo com Haibo Xu, professor e presidente de radiologia do Hospital de Zhongnan, em Wuhan, o software ajuda a diminuir a sobrecarga, identificar pacientes em estado mais grave e dar mais agilidade para a equipe na tentativa de conter o avanço do vírus.

Hospital de Zhongnan, em Wuhan, usa software para ajudar a detectar o novo coronavírus — Foto: Xiao Yijiu Xinhua/Redux
Hospital de Zhongnan, em Wuhan, usa software para ajudar a detectar o novo coronavírus — Foto: Xiao Yijiu Xinhua/Redux

4. Criação de remédios

Uma inteligência artificial desenvolveu uma medicação para pacientes diagnosticados com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Essa foi a primeira medicação criada por uma máquina, mas que ainda não está disponível no mercado. A droga passará por uma fase de testes no Japão.

Usualmente, um medicamento leva 5 anos para chegar ao público, mas com a inteligência artificial esse processo levou apenas 12 meses. O elemento DSP-1181 foi criado pela startup britânica Exscientia e pela empresa farmacêutica japonesa Sumitomo Dainippon Pharma. De acordo com os criadores da droga, a IA pode ser útil para a produção de outros medicamentos.

Inteligência Artificial cria medicação em 12 meses — Foto: Getty Images
Inteligência Artificial cria medicação em 12 meses — Foto: Getty Images

5. Contratar pessoas

Esse é um exemplo bem fácil de visualizar no dia a dia. A empresa Gupy utiliza inteligência artificial para ler mais de 6 mil currículos por minuto e estabelece uma hierarquia por afinidade com a vaga. Muitas companhias brasileiras estão aderindo a esse serviço por conta da agilidade no processo de contratação e da entrega de perfis que possuem maior combinação com a vaga e cultura organizacional da empresa para os recrutadores.

Gupy: a inteligência artificial para contratação de pessoas — Foto: Reprodução/Gupy
Gupy: a inteligência artificial para contratação de pessoas — Foto: Reprodução/Gupy

6. Criar apresentadores de televisão

A agência Reuters, em parceria com a Start-up londrina Synthesia, anunciou a criação de um apresentador de televisão para noticiar sobre esportes. A proposta foi definida como uma “prova de conceito”. A tecnologia empregada é a mesma das deepfakes, o rosto de um âncora foi analisado a partir de vários ângulos e processado para gerar imagens idênticas às reais. A inteligência é capaz produzir o noticiário sem interferência humana.

Inteligência artificial: agência de notícias Reuters cria apresentador de programa esportivo com ajuda da tecnologia — Foto: Divulgação/Reuters
Inteligência artificial: agência de notícias Reuters cria apresentador de programa esportivo com ajuda da tecnologia — Foto: Divulgação/Reuters

7. Dormir

A inteligência artificial pode reaprender por meio de cochilos. É como se, enquanto descansasse, ela reavaliasse suas decisões para se tornar ainda mais inteligente e assertiva. De certa forma, está "aprendendo a aprender sozinha". É nisso que o Google acredita e está apostando com sua DeepMind, a Alpha. Outra tecnologia de inteligência artificial da gigante das buscas já foi capaz de, até mesmo, ganhar de grandes jogadores de Go.

DeepMind, inteligência artificial do Google, está aprendendo a cochilar — Foto: Search Engine Land
DeepMind, inteligência artificial do Google, está aprendendo a cochilar — Foto: Search Engine Land

8. Resolver problemas sociais

A fome é uma grande questão ao redor do mundo. No continente africano, por exemplo, uma a cada quatro pessoas é afetada por esse problema. Pensando nisso, o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) lançou, em 2017, uma ferramenta capaz de alertar sobre futuras crises nutricionais no Quênia.

Com as secas recorrentes, a fome, a desnutrição e a instabilidade em toda a África, o CIAT adotou a IA como uma forma de gerar alertas que facilitem a tomada de decisões para diminuir os danos e quebrar o círculo vicioso instaurado no continente. Ao todo, foram quatro anos para produzir uma ferramenta de machine learning capaz de analisar de forma ampla as condições climáticas, a produção agrícola, mercado e vários outros fatores que fazem possíveis previsões assertivas.

1 em 4 pessoas são mal nutridas na áfrica, enquanto no resto do mundo 1 em cada nove — Foto: Reprodução/CIAT
1 em 4 pessoas são mal nutridas na áfrica, enquanto no resto do mundo 1 em cada nove — Foto: Reprodução/CIAT
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