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A explosão ou combustão de celulares, embora rara, não é um mito. Nos últimos anos, diversos casos foram registrados em todo o mundo, inclusive no Brasil, gerando preocupação e questionamentos sobre a segurança dos smartphones. Um dos casos aconteceu em 2022, com o agricultor Leandro Silva, cujo iPhone 8 Plus explodiu após a bateria inchar. Os detritos da combustão atingiram o rosto da vítima, que perdeu 80% da visão do olho direito. Recentemente, em 2023, um Xiaomi Redmi Note 9S pegou fogo no bolso de um caminhoneiro, que queimou a perna.

Acidentes como esses não são frequentes, mas podem ocorrer com qualquer smartphone, principalmente se certos cuidados básicos não foram seguidos. Entre eles estão manter as peças originais do modelo e não usá-lo durante o carregamento. Na lista a seguir, relembre seis casos de celulares que explodiram ou entraram em combustão nos últimos anos. Confira também como prevenir esse tipo de acidente.

1. Redmi Note 9S

Em dezembro de 2023, um Xiaomi Redmi Note 9S pegou fogo no bolso do caminhoneiro Tiago Effgen, que sofreu queimaduras na perna. O caso ocorreu no Espírito Santo. Em entrevista ao G1, Tiago disse que estava conversando com um amigo quando este notou que estava saindo fumaça do bolso dele.

“Eu fiquei tentando tirar o telefone do bolso, mas ele estava grudado na calça, e minha perna já estava muito queimada. Eu não sabia o que fazer, então tirei a calça para evitar mais queimaduras, mas o celular ainda ficou queimando por um tempo", disse o caminhoneiro. Ele informou que precisou comprar outro smartphone no mesmo dia, por conta do trabalho.

O acidente derreteu totalmente a parte traseira do smartphone Xiaomi. Segundo Tiago, o modelo tinha três anos de uso e não possuía nenhum defeito aparente. “O celular estava muito bom! A bateria durava o dia todo, não esquentava, carregava rápido. Não sei o que aconteceu para ele explodir”, afirmou Tiago ao G1.

Redmi Note 9S explode em bolso de homem no Espírito Santo — Foto: Reprodução/G1 (Editado por TechTudo)
Redmi Note 9S explode em bolso de homem no Espírito Santo — Foto: Reprodução/G1 (Editado por TechTudo)

Um iPhone 6S explodiu em maio de 2023 no Rio de Janeiro, durante o carregamento. Na ocasião, o celular da Apple estava na cama onde a dona, uma jovem menor de idade, dormia. Em uma publicação nas redes sociais, Jully Vieira, mãe da jovem, se pronunciou sobre o ocorrido e fez um alerta aos usuários. “Ela colocou para carregar e dormiu. Que sirva de lição para a gente não usar celular carregando nem deixar carregando na cama. Agora é só agradecer pelo livramento”, disse.

Felizmente a jovem não se feriu durante a explosão. Porém, no vídeo publicado por Jully nas redes sociais, é possível notar um rombo na cama — no local onde o smartphone estava. Ainda segundo a mãe da jovem, tanto o celular quanto o carregador eram originais e não apresentavam nenhum defeito.

iPhone 6S, celular que explodiu na cama da menor — Foto: Lucas Mendes/TechTudo
iPhone 6S, celular que explodiu na cama da menor — Foto: Lucas Mendes/TechTudo

3. Xiaomi 11 Lite

Um Xiaomi 11 Lite que queimou na Índia, em março de 2023, na cidade de Mohaddinagar. O dono do smartphone, Sanjeev Raja, informou ao portal 91Mobiles que havia comprado o modelo há um pouco mais de um ano. No acidente, o celular estava em cima da cama de Raja, quando uma fumaça estranha começou a sair do aparelho da Xiaomi. Diferente do caso anterior, o smartphone não estava conectado no carregador.

O dano foi tão forte que foram queimadas de duas a três camadas do colchão, conforme mostram as fotos divulgadas por Raja. Em resposta ao 91Mobiles, a Xiaomi informou que investigou o acidente e que a causa foi uma adulteração física feita no smartphone. “O dano foi causado devido a marcas de perfuração na bateria e, portanto, é classificado como 'dano induzido pelo cliente', disse a marca.

Danos no Xiaomi 11 Lite e no colchão após o incidente — Foto: Reprodução/91Mobiles
Danos no Xiaomi 11 Lite e no colchão após o incidente — Foto: Reprodução/91Mobiles

A fabricante aproveitou para pedir aos consumidores que não abram os smartphones por conta própria. "Pedimos aos nossos clientes que evitem abrir seus dispositivos ou aplicar pressão externa. Visitem os centros de serviço autorizados da Xiaomi, se precisarem de qualquer assistência”, orientou a gigante chinesa .

4. iPhone 8 Plus

Em julho de 2022, um iPhone 8 Plus “de vitrine” explodiu no Ceará. A vítima, o agricultor Leandro Silva, relatou ao UOL que estava almoçando quando notou que a bateria do celular estava "inchando". Ele, então, tentou remover a capinha do smartphone, que explodiu neste momento. Os detritos da combustão atingiram o rosto do agricultor, que perdeu 80% da visão do olho direito e 20% do olho esquerdo após o acidente.

O iPhone de Leandro, vale dizer, não estava carregando quando a bateria começou a inchar. A vítima confirmou o smartphone era usado, e que o modelo seria “de vitrine”, ou seja, um celular que fica exposto nas lojas e com uso permitido para os clientes. Smartphones deste tipo costumam ter uma vida útil menor e maiores riscos atrelados.

iPhone 8 Plus pegou fogo e detritos atingiram rosto de agricultor — Foto: Arquivo pessoal/Leandro Silva
iPhone 8 Plus pegou fogo e detritos atingiram rosto de agricultor — Foto: Arquivo pessoal/Leandro Silva

Em 2019, a bateria de um iPhone 6 explodiu nos Estados Unidos. O caso aconteceu em 2019, quando Robert Franklin, morador do Texas, estava ouvindo música pelo celular. De repente, o smartphone começou a pular faixas. Ao pegar o aparelho para entender o que estava acontecendo, o iPhone explodiu. A explosão causou danos aos olhos e pulsos de Franklin, que caiu durante o acidente. Segundo o norte-americano, o fato ocorreu por defeito do dispositivo.

A vítima processou a Apple em 2021. Segundo a denúncia, a empresa violou a lei do estado ao comercializar um smartphone que não estava em boas condições, causando risco de explosão e incêndio. O iPhone 6 de Franklin foi comprado um ano antes do ocorrido, em 2018, mas não se sabe se o celular era um modelo usado ou novo.

iPhone 6 foi lançado em 2014 — Foto: Lucas Mendes/TechTudo
iPhone 6 foi lançado em 2014 — Foto: Lucas Mendes/TechTudo

Em mais um caso brasileiro, um Galaxy A5 explodiu no bolso do dono, que ficou com queimaduras de segundo e terceiro grau. O caso ocorreu em 2018, com o roteirista Carlos Crespo, de 49 anos. Ele estava com o aparelho, que fora emprestado por sua mãe, há apenas dois dias, porque o seu celular tinha apresentado defeito recentemente. O smartphone da Samsung foi comprado dois anos antes do ocorrido.

No momento do acidente, o Galaxy A5 estava no bolso de Carlos, enquanto ele estava no carro com sua esposa. “Escutei um barulho que chamou minha atenção e, quando olhei para a minha perna, vi que estava saindo uma fumaça preta. O celular estava no bolso. Eu não estava usando nem carregando o aparelho", contou ao Jornal Extra.

"De repente, senti minha perna queimar e, no desespero, peguei o celular e acabei queimando as mãos. Joguei o telefone pela janela e, quando tirei a calça, ela estava com brasas, ou seja, estava claramente pegando fogo.” Carlos ficou com queimaduras graves em sua perna e mão, além de febre alta, enjoo e mal-estar por conta da gravidade dos ferimentos.

Calça de Carlos após a explosão — Foto: Reprodução/Jornal Extra
Calça de Carlos após a explosão — Foto: Reprodução/Jornal Extra

Como evitar acidentes como esses?

É possível tomar alguns cuidados para evitar que acidentes como esses aconteçam com o seu celular. É importante sempre utilizar carregadores, cabos e baterias originais, e não usar o smartphone enquanto este carrega. Além disso, durante o carregamento, nunca coloque o aparelho em ambientes abafados ou próximos a você, como embaixo do travesseiro. Além de intensificarem o aquecimento do eletrônico, posturas como essa podem potencializar o nível dos ferimentos em caso de acidentes.

Também não é recomendado recarregar o celular em ambientes úmidos como banheiros, ou durantes fortes tempestades — principalmente com raios. Se receber ligação ou precisar mexer no smartphone, é importante sempre removê-lo do carregador primeiro, visto que é durante o carregamento que a maioria dos casos de explosões ocorre.

Com informações de G1, 91Mobile, Jornal Extra, Apple Insider e Portal R7

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