Celulares e Tablets
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O mercado de celulares no Brasil é cheio de peculiaridades que passam despercebidas pelo consumidor. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua revelam que, em 2022, 160,4 milhões de pessoas tinham aparelho de telefone celular para uso pessoal no país. O que nem todos sabem, porém, é que o brasileiro troca de celular em média a cada dois anos. Paralelamente, o mercado de celulares recondicionados cresce, oferecendo alternativas mais acessíveis em meio a um contexto onde o Brasil é o terceiro país mais caro do mundo para adquirir um iPhone.

Além disso, 25% dos celulares em uso são irregulares — número que reflete desafios significativos no combate ao comércio ilegal. Nas linhas abaixo, o TechTudo lista com cinco fatos curiosos sobre o mercado de celulares no Brasil. Confira e saiba mais sobre esse segmento.

Mulher surpresa olhando para o celular — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Mulher surpresa olhando para o celular — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

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1. O brasileiro troca de celular em média a cada 2 anos

A pesquisa Panorama Mobile/Opinion Box apontou, em 2023, que o brasileiro troca de celular em média a cada dois anos. O censo foi feito com mais de nove mil consumidores no Brasil no primeiro semestre do ano passado. A pesquisa assinala que os hábitos têm uma pequena variação entre os usuários de Android, que permanecem com o aparelho por 2 anos e 2 meses, e as pessoas que usam o iPhone, que costumam trocar o smartphone depois de 2 anos e 7 meses.

Além disso, a variação na rotatividade também pode ser encontrada em relação à idade dos consumidores. Os mais jovens, entre 16 e 29 anos, tendem a manter o celular por menos tempo, em média por 2 anos e 2 meses e meio. Enquanto isso, na faixa entre 30 e 49 anos existe pouca variação, com o valor subindo para 2 anos e 3 meses. Entre os mais velhos, com 50 anos ou mais, a rotatividade é ainda menor: os usuários mantêm os aparelhos em média por 2 anos e 3 meses e meio.

Mulher tirando selfie com celular Realme C53 — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Mulher tirando selfie com celular Realme C53 — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

2. Mercado de celulares recondicionados tem ganhado força

O mercado de celulares recondicionados tem mostrado indícios de crescimento entre os consumidores brasileiros. De acordo com informações do International Data Corporation (IDC) Brasil, cerca de 5,5 milhões de aparelhos seminovos e recondicionados serão vendidos no país em 2024. Esses dados representam um crescimento do setor de 52,77% com relação ao mesmo período em 2021, quando 3,6 milhões de smartphones foram comercializados.

O crescimento dos celulares recondicionados se explica porque eles são, para os consumidores, a oportunidade de adquirir um aparelho top de linha sem precisar gastar muito. Os smartphones recondicionados são aparelhos usados que passaram pela análise de uma equipe técnica, a qual fez mudanças em alguns componentes para garantir o melhor uso. Por isso, os preços costumam ser mais baixos.

Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo
Unidade de iPhone 13 “de vitrine” em loja de Brasília — Foto: Danilo Paulo de Oliveira/TechTudo

No entanto, também existem riscos ao comprar esse tipo de celular. Os recondicionados nem sempre vêm com garantia, e as baterias antigas podem não ter a mesma saúde que as de um aparelho celular novo. Vale ressaltar que é indicado testar o smartphone antes de comprá-lo, bem como buscar vendedores confiáveis.

3. É o terceiro país mais caro do mundo para comprar um iPhone

Um levantamento da empresa Picodi feito em 2023 revelou que o Brasil é o terceiro país com o preço do iPhone mais elevado em proporção à renda mensal média. Para o estudo, os pesquisadores compararam o preço de um iPhone 15 Pro com 128 GB de armazenamento interno com o rendimento médio do Brasil, chegando a um valor que chamaram de “índice do iPhone”. O mesmo processo foi feito com outros 47 países de diferentes regiões do mundo.

O “índice do iPhone” mostra quantos dias um consumidor precisa trabalhar para poder comprar o celular. No Brasil, o valor encontrado foi de 66,6 dias, o que colocou o país na terceira posição do ranking, abaixo apenas da Turquia e das Filipinas, com 123,7 e 79,5 dias, respectivamente.

Mulher surpresa segurando um iPhone 15 Pro — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
Mulher surpresa segurando um iPhone 15 Pro — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Em comparação, no outro lado da lista, os suíços precisam trabalhar apenas 4,2 dias para adquirir o produto. O ranking já é realizado desde 2018 e, apesar de alarmante, o resultado de 2023 demonstrou uma diminuição de 7,6 dias de trabalho com relação aos números de 2022 (para comprar um iPhone 14 Pro).

Ranking completo da pesquisa "índice do iPhone" — Foto: Reprodução/Picodi
Ranking completo da pesquisa "índice do iPhone" — Foto: Reprodução/Picodi

4. 25% dos celulares são irregulares

A comercialização de celulares ilegais no Brasil dobrou entre 2022 e 2023. De acordo com a IDC, o número de smartphones que chegaram ao país ilegalmente passou de 10%, em 2022, para 25% em 2023, que se encerrou com cerca de 6,2 milhões de produtos ilegais vendidos. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica afirma que esse processo acontece porque o valor dos celulares irregulares é 38% mais barato. O contrabando acontece majoritariamente em marketplaces.

Celulares da Xiaomi são um dos principais alvos de contrabando — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Celulares da Xiaomi são um dos principais alvos de contrabando — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

Vale ressaltar que os celulares irregulares não possuem certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e também não são protegidos por assistência técnica em caso de defeito. Por outro lado, as fabricantes instaladas no Brasil são obrigadas a assegurar os dispositivos por pelo menos 12 meses e cumprir as regras de certificação da Anatel.

5. Samsung é a marca preferida dos brasileiros

A Samsung segue na dianteira entre as marcas de celulares mais populares no Brasil. A empresa sul-coreana é a escolha de 43% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile/Opinion Box de 2023. A companhia é seguida pela Motorola, com 22% do público, e pela Apple, com 13%. Além disso, a gigante chinesa Xiaomi se destaca pela rápida subida e está na quarta posição, com 10%.

Galaxy S24 Ultra, celular mais poderoso da Samsung — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Galaxy S24 Ultra, celular mais poderoso da Samsung — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

O mesmo estudo ainda esclarece que o preço dos iPhones é um dos fatores que contribui para a Apple aparecer em terceiro no ranking. Os dados também mostram que os brasileiros, de forma geral, não têm a intenção de trocar de smartphone no momento por acharem que o aparelho atual atende todas as necessidades. Nesse contexto, a falta de inovação nos novos lançamentos foi ressaltada como uma das culpadas por essa percepção dos consumidores.

Com informações de Abinee

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