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Criminosos utilizam diversos recursos para enganar, manipular e/ou forçar usuários a cederem informações pessoais e dados bancários e cometer crimes na internet. Sites falsos, golpes do Pix, roubos de perfis nas redes sociais e falsas ofertas imperdíveis são alguns dos modelos de fraudes mais comuns atualmente. Para se proteger deste crime, é muio importante aprender a reconhecer quando ele ocorre e entender como proceder ao se tornar uma vítima. Assim, é possível evitar prejuízos ainda maiores. Confira, a seguir, o que fazer caso você caia em um golpe online.

Caiu em um golpe na internet? Saiba o que você precisa fazer — Foto: Tim Gouw/Unsplash
Caiu em um golpe na internet? Saiba o que você precisa fazer — Foto: Tim Gouw/Unsplash

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Quais são os tipos de golpes online?

Os golpes online são geralmente feitos visando obter e roubar informações pessoais, dados sigilosos ou dinheiro das vítimas, e isso pode acontecer mediante diversos formatos, como sites, e-mails falsos e vírus. Com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial generativa, os golpes online estão cada vez mais complexos e sofisticados. Alguns tipos de golpes comuns são:

  • Phishing: mensagens fraudulentas que aparentam ser de fontes confiáveis visando roubar informações de quem acessar arquivos ou links;
  • Catfishing: perfis falsos que utilizam da identidade de outra pessoa para enganar ou manipular outros online;
  • Golpes de emprego: vagas falsas que visam roubar dados pessoais dos inscritos. Geralmente, elas apresentam salários e benefícios muito acima da média de mercado;
  • Golpes de lojas online: sites falsos de marcas ou empresas cujo objetivo é roubar os dados do cartão de crédito e/ou dados pessoais do comprador.

Como reconhecer um golpe online?

A forma de identificar uma fraude online irá variar segundo o formato do possível golpe. Haverá muitos padrões entre eles, como checar erros ortográficos e gramática, verificar a credibilidade em sites confiáveis ou desconfiar de ofertas irreais. Veja algumas técnicas:

Caso você suspeite que um site é falso:

  • Verifique erros na URL;
  • Confirme que o site começa com “https://”;
  • Analise se os preços e ofertas estão muito abaixo do esperado para essa loja;
  • Veja se há resenhas e avaliações de compradores;
  • Examine se há pouca ou nenhuma informação sobre a empresa no site.

Caso você suspeite de um e-mail ou mensagem recebido:

  • Observe o endereço de e-mail (empresas sérias possuem domínio próprio, portanto, não irão ter e-mails que terminam em @gmail.com, @yahoo.com.br ou @outlook.com);
  • Procure a empresa no Google e verifique os dados;
  • Verifique o tom de voz utilizado na mensagem. Muitos golpes de texto usam de tons de urgência para fazer o leitor agir rápido, como dizer que sua conta irá ser bloqueada ou que uma compra foi feita no seu cartão.

Caso você suspeite de um perfil falso ou roubado na rede social:

  • Investigue números de seguidores e tipos de postagens da conta;
  • Caso seja o perfil de uma pessoa que conheça, entre em contato com ela por outros meios, seja outra rede social ou número de telefone;
  • Veja se as fotos postadas são retiradas de outros perfis ou de banco de imagens online.

O que fazer após cair em um golpe online?

1. Pare qualquer tipo de contato com o golpista

Independentemente da forma em que você esteja mantendo contato com o golpista, assim que perceber a tentativa de fraude, corte a comunicação imediatamente. Não responda mensagens e, se possível, bloqueie para impedir que ele inicie novas conversas. Isso irá prevenir tentativas de manipulação, táticas para obter mais informações pessoais e/ou dados sensíveis e futuros golpes. Caso você já tenha realizado algum pagamento ou acredite que o golpista já roubou seus dados, será necessário seguir outros passos, listados a seguir.

Continuar trocando mensagens com o golpista pode ocasionar em perda de dados sensíveis — Foto: Reprodução/Unsplash/Kelli McClintock
Continuar trocando mensagens com o golpista pode ocasionar em perda de dados sensíveis — Foto: Reprodução/Unsplash/Kelli McClintock

2. Contate o seu banco ou instituição financeira

Caso você tenha feito algum tipo de transferência para o golpista, existem algumas formas de reverter ou minimizar as consequências. Por exemplo, se você realizou algum pagamento com o cartão de crédito ou débito, é indicado que entre em contato com o banco para reportar o golpe e impedir que novas transferências sejam realizadas. Outra solução para este caso é congelar a conta e, se possível, emitir um novo cartão. Isso irá impedir que a pessoa em posse de suas informações realize outras compras ou pegue empréstimos em seu nome.

O contato imediato com o banco permite cancelar transações e bloquear o cartão antes que novos gastos sejam feitos — Foto: Laura Storino/TechTudo
O contato imediato com o banco permite cancelar transações e bloquear o cartão antes que novos gastos sejam feitos — Foto: Laura Storino/TechTudo

Caso tenha realizado o pagamento via Pix, recomenda-se utilizar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta do Banco Central. Para isso, tire um print da tela de transferência e entre em contato com a instituição financeira para relatar o golpe. O banco analisará o caso e acionar o MED. Caso o golpe seja comprovado, o dinheiro será devolvido em até 96 horas após avaliação de forma integral ou parcial.

3. Não faça novos pagamentos

Uma prática comum entre golpistas é contatar pessoas que caíram em golpes com a promessa de que podem reaver o dinheiro perdido. Este tipo de fraude irá requisitar o pagamento de uma taxa. Não realize este ou nenhum pagamento adicional requerido pelo golpista. Para manter-se protegido, bloqueie o contato para evitar que seu perfil continue exposto para a pessoa por trás dos golpes.

As táticas de medo e pressão utilizadas pelos golpistas podem fazer com que a vítima realize novos pagamentos e perca mais dinheiro — Foto: Reprodução/Pexels/Anna Shvets
As táticas de medo e pressão utilizadas pelos golpistas podem fazer com que a vítima realize novos pagamentos e perca mais dinheiro — Foto: Reprodução/Pexels/Anna Shvets

4. Mude senhas e monitore atividades suspeitas

Se houver possibilidade do golpista ter acesso aos seus perfis online, o primeiro passo a tomar é modificar a senha da rede em que sofreu o golpe. Além disso, um passo adiante pode prevenir que outros dados estejam inseguros. Troque as senhas de apps bancários, e-mails e outras plataformas online que possui, especialmente se elas possuírem a senha igual ou semelhante à utilizada na plataforma em que sofreu a fraude. Opte por construir senhas grandes e fortes para cada uma delas. O ideal é que o código possua mais de dez caracteres, letras maiúsculas e minúsculas e símbolos especiais, como @, #, $ e %. Além disso, ative a autenticação de dois fatores quando possível para que suas contas tenham uma segunda camada de segurança.

Monitorar atividades suspeitas permite detectar rapidamente o uso não autorizado da conta — Foto: Luciana Maline/TechTudo
Monitorar atividades suspeitas permite detectar rapidamente o uso não autorizado da conta — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Após isso, monitore o uso de suas contas. Em caso de tentativa de login ou atividade não autorizada, o acompanhamento irá permitir que você haja mais rapidamente, seja alterando senhas ou contatando a instituição responsável pela plataforma para bloquear os acessos.

5. Atualize softwares de segurança

Para evitar que o golpista tenha acesso ao seu computador ou celular, recomenda-se atualizar os softwares de segurança dos aparelhos, como antivírus e firewall, e realizar uma varredura para escanear possíveis vírus. Além de encontrar qualquer malware instalado durante o golpe, isso irá corrigir vulnerabilidades e proteger o eletrônico de novos riscos. Caso algum programa ou arquivo malicioso/desconhecido seja encontrado, delete-os imediatamente e modifique as senhas dos dispositivos.

Os softwares de segurança previnem que seu aparelho sofra com ataques de vírus — Foto: Gabriel Pereira/TechTudo
Os softwares de segurança previnem que seu aparelho sofra com ataques de vírus — Foto: Gabriel Pereira/TechTudo

6. Avise seus contatos

Em alguns tipos de fraudes online, os golpistas utilizam as redes sociais da vítima para tentar realizar novos cibercrimes. Se você perdeu o acesso completo às suas contas, além de tentar recuperá-las, é importante avisar amigos e conhecidos que você não tem mais a posse do perfil. Os aconselhe a não interagir com a sua conta e, se possível, denunciá-la. Além de prevenir que outras pessoas sejam enganadas, essa atitude previne que o golpista use o seu nome de forma mal intencionada.

Alertar conhecidos pode evitar que eles também caiam no mesmo golpe — Foto: Reprodução/Pexels/Porapak Apichodilok
Alertar conhecidos pode evitar que eles também caiam no mesmo golpe — Foto: Reprodução/Pexels/Porapak Apichodilok

7. Registre um boletim de ocorrência

O boletim de ocorrência é mais uma garantia e segurança para que você conteste a compra realizada ou solicite o reembolso do dinheiro enviado, visto ser uma prova oficial de que você sofreu uma fraude. Além disso, através do boletim, as autoridades podem identificar a pessoa responsável pelo golpe e impedir que outras sejam enganadas da mesma forma. O boletim de ocorrência pode ser registrado na sua delegacia local ou online através do sistema Sinesp Delegacia Virtual - DEVIR.

O registro oficial do crime pode ser utilizado para solicitação de reembolso — Foto: Raquel Freire/TechTudo
O registro oficial do crime pode ser utilizado para solicitação de reembolso — Foto: Raquel Freire/TechTudo

Com informações de Keeper Security (1 e 2), Consumer Protection, Money Smart e O Globo.

Veja também: 'Caí no golpe do Pix, e agora?' Veja o que fazer e como recuperar

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