Celular
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Por Isabela Cabral, para o TechTudo


Após a polêmica da redução do desempenho dos iPhones antigos praticada pela Apple, outras fabricantes de celulares se pronunciaram. Samsung, Motorola, LG e HTC afirmam que não fazem o mesmo com seus smartphones.

Segundo a empresa da maçã, a medida tem a intenção de proteger os telefones com muito tempo de uso, que poderiam ter problemas por causa do desgaste natural da bateria. No entanto, as declarações das concorrentes indicam que essa não é uma prática comum.

Segundo a empresa, os smartphones da Samsung não sofrem redução intencional de performance — Foto: Divulgação/Samsung
Segundo a empresa, os smartphones da Samsung não sofrem redução intencional de performance — Foto: Divulgação/Samsung

Respostas das empresas

A Motorola confirmou que não diminui a potência da CPU com base na idade das baterias. A LG declarou que não reduz a velocidade de seus processadores e ainda se comprometeu a nunca fazê-lo. “Nos importamos com o que nossos consumidores pensam”, afirma. Um representante da HTC também negou a medida: “Não é algo que fazemos”.

A Samsung foi clara em seu comentário oficial, afirmando que não deixam os celulares mais lentos por meio de atualizações de software ao longo dos ciclos de vida do aparelho. “Qualidade de produto sempre foi e sempre será a prioridade da Samsung Mobile. Garantimos vida de bateria estendida dos dispositivos móveis por meio de várias camadas de medidas de segurança, que incluem algoritmos que gerenciam o carregamento da bateria”, explica.

As manifestações foram feitas por subsidiárias destas grandes corporações em outros países. O TechTudo procurou as filiais brasileiras, mas nenhuma se manifestou para esta reportagem.

Entenda a polêmica

A controvérsia teve início na última semana, depois que a Apple confessou que updates do iOS reduziram a performance do iPhone 6, iPhone 6S, iPhone SE e iPhone 7, modelos lançados entre 2014 e 2016. Muitos usuários ficaram revoltados e, nesta quinta-feira (28), a companhia divulgou um pedido de desculpas. “Nunca fizemos – e nunca faríamos – nada para intencionalmente reduzir a vida útil de qualquer produto Apple, ou degradar a experiência de usuário para elevar as trocas”, diz a nota oficial.

De acordo com a empresa, trata-se de uma melhora na gestão de energia dos aparelhos com baterias antigas, visando evitar desligamentos inesperados. Porém, os usuários interpretam a ação como obsolescência programada – redução deliberada do tempo de vida de um produto para aumentar a taxa de substituição. A Apple já enfrenta processos em pelo menos três países. Nos Estados Unidos, consumidores entraram na Justiça em ação coletiva.

O iPhone 7 é um dos aparelhos da Apple afetados pela queda de velocidade da CPU

O iPhone 7 é um dos aparelhos da Apple afetados pela queda de velocidade da CPU

Na França, a empresa responderá legalmente por ação de um grupo de defesa do meio ambiente chamado Halte à l’Obsolescence Programmée ("pare a obsolescência programada", em tradução livre). A obsolescência programada é ilegal no país e pode levar a penalidades como dois anos de prisão, multa de 300 euros (R$ 1.187, pelo câmbio do dia) e uma mordida de 5% na receita anual da companhia.

Em seu pronunciamento, a Apple também anunciou que vai oferecer em todo o mundo, ao longo de 2018, a troca da bateria dos iPhones por preços mais baixos, pois a substituição do componente faz o desempenho dos smartphones voltar ao normal. Nos Estados Unidos, os usuários terão acesso ao serviço por US$ 29 (R$ 96, sem impostos). Já no Brasil, ainda não há informações sobre o procedimento. Hoje, a instalação de uma nova bateria em um celular da Apple custa R$ 449 nas lojas oficiais e a partir de R$ 150 em outras assistências técnicas.

Com informações: The Verge e Phone Arena

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