Cientistas da Universidade de Boston desenvolveram uma camisinha autolubrificante. Diferentemente dos produtos à venda atualmente, que usam óleo de silicone para lubrificação, o preservativo smart responde aos fluidos corporais, fazendo com que a própria superfície fique escorregadia quando em contato com a pele humana.
A invenção tem como objetivo aumentar o uso do preservativo, tendo em vista que muita gente dispensa o método contraceptivo alegando desconforto, principalmente os homens. O estudo teve apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, instituição filantrópica criada por Bill Gates e sua esposa.
Quer comprar celular, TV e outros produtos com desconto? Conheça o Compare TechTudo
![Novo preservativo se lubrifica sozinho em contato com pele humana — Foto: Divulgação/Ministério da Saúde](https://s2-techtudo.glbimg.com/vHb95zsA6O4aYNo8u-V_eF9gViY=/0x0:695x410/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/d/e/GsYj3BRou24vH0XHJIZA/1.novo-preservativo-se-lubrifica-sozinho-em-contato-com-pele-humana.jpeg)
O que os pesquisadores fizeram foi revestir a camisinha com um polímero que prende moléculas de água. Ao entrar em contato com os fluidos expelidos durante a relação sexual, o material retém uma fina camada de água em sua superfície, tornando-a escorregadia.
A grande vantagem do tratamento é que o preservativo mantém a lubrificação durante todo o ato, enquanto lubrificantes a base de óleo perdem sua capacidade depois de alguns minutos. Nos testes de laboratório, após 15 minutos de fricção do látex com uma superfície imitando a pele, a camisinha tradicional gerou o dobro do atrito em relação à revestida com o polímero.
![Polímero que retém água faz com que camisinha consiga ficar escorregadia durante todo ato sexual — Foto: Divulgação/RSOS](https://s2-techtudo.glbimg.com/nYv9jx09P3JQ6LpDxefbqR2Mqb0=/0x0:800x350/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2018/c/o/GQqdaaRceySUQ2vH15EA/f1.large.jpg)
A equipe de pesquisadores também conduziu experimentos com 33 pessoas de 24 e 58 anos, sendo 13 homens e 20 mulheres. Deste grupo, 85% considerou o preservativo inteligente mais escorregadio do que o tradicional e 73% disse preferir a camisinha com revestimento de polímero à com lubrificante de óleo de silicone.
Além disso, dos participantes que disseram nunca usar camisinha, 57% manifestaram que considerariam usar o preservativo criado na Universidade de Boston. "Os próximos passos incluem a fabricação do preservativo (sob boas práticas de fabricação) e a realização de um estudo de marketing com casais", disse o químico Mark Grinstaff, um dos autores do artigo publicado na The Royal Society Open Science, ao site Digital Trends. Por enquanto, os pesquisadores não divulgaram informações sobre o preço do produto, que também é descartável, assim como os preservativos normais.
Vale lembrar que essa não é a primeira camisinha smart existente. O i.Con é um preservativo inteligente que promete acompanhar a relação sexual do usuário, fornecendo informações sobre a quantidade de calorias perdidas, velocidade e tempo de duração. No entanto, ao contrário do esperado, o produto não protege de doenças sexualmente transmissíveis e não evita gravidez. Seu preço é de 60 libras (aproximadamente R$ 290, em conversão direta e sem impostos).
Qual aparelho dos anos 90 deixou saudade? Comente no Fórum do TechTudo