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Por Filipe Garrett, para o TechTudo


As smart TVS estão cada vez mais complexas e, por serem conectadas à Internet, também ficam sujeitas a riscos e vulnerabilidades. Pensando nisso, algumas fabricantes vêm adotando medidas que visam fortalecer a segurança do sistema operacional. É o caso da Samsung, que anunciou que sua nova linha de TVs virá com o antivírus McAfee pré-instalado em todos os modelos.

Diferente de outros eletrônicos, como notebooks e smartphones, os televisores não costumam ter os mesmos padrões de segurança, mas ainda assim a proteção também é importante. A seguir, confira os riscos que uma smart TV corre e o que fazer para manter seu dispositivo seguro.

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Smart TV: o que você precisa saber para comprar um aparelho novo

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O que faz das smart TVs inseguras?

Pode não parecer no dia a dia, mas a sua smart TV é um computador tão complexo quanto seu notebook ou smartphone. Assim como esses dispositivos, o televisor possui processador, memória RAM, alguma capacidade de armazenamento interno e interfaces de entrada e saída de dados, além de um sistema operacional próprio. Esses aparelhos podem rodar diferentes sistemas operacionais, já que normalmente cada marca tem seu sistema.

Isso faz com que TVs sejam um tipo de equipamento mais vulnerável. Conectados à Internet durante a maior parte do tempo, os modelos trazem muitas vezes um software simples, ficando distante dos níveis de segurança garantidos por plataformas mais usadas, como Windows 10 ou Android. Além disso, os aparelhos são ainda mais prejudicados pelo fato de não trazerem aplicativos de segurança, como acontece em PCs e smartphones. Até existem antivírus para televisores, mas em menor quantidade.

Novas TVs da Samsung chegarão ao consumidor com o antivírus McAfee instalado — Foto: Yuri Hildebrand/TechTudo
Novas TVs da Samsung chegarão ao consumidor com o antivírus McAfee instalado — Foto: Yuri Hildebrand/TechTudo

Outro problema é que as lojas virtuais dessas plataformas podem não exigir muito dos apps disponíveis, como acontece em celulares Android e iPhone (iOS). Na prática, isso permite que um hacker crie um app aparentemente inofensivo que se disfarça de algo útil, mas uma vez instalado serve de porta de entrada para ataques.

Resumindo, a TV é um dispositivo vulnerável por ter o mesmo perfil de um computador com sistema operacional com baixo nível de proteção via software. Além disso, está conectado à Internet durante muito tempo, abrindo uma brecha ainda maior.

Que tipo de ataques são mais comuns?

Os tipos de ataques mais comuns estão associados a invasões realizadas pela Internet, em que o criminoso explora alguma vulnerabilidade para ter acesso a funções do televisor. Nos casos mais simples, em que esses episódios dão origem a ataques menos graves, a invasão pode resultar em um televisor mudando de canais aleatoriamente, saltando o volume de forma a irritar quem assiste ou mesmo abrindo canais e serviços de conteúdo adulto, tudo sem que o usuário possa intervir e recuperar o controle.

Mas há ainda ataques bem mais graves. Um invasor pode aproveitar as tecnologias de reconhecimento de voz em aparelhos mais avançados e ouvir tudo que é dito na sua sala. Essa técnica não só viola sua privacidade, mas também pode dar ao criminoso uma ideia clara das rotinas da sua residência, informando os horários em a casa está vazia.

Constantemente conectadas, smart TVs podem ser vulneráveis — Foto: Yuri Hildebrand/TechTudo
Constantemente conectadas, smart TVs podem ser vulneráveis — Foto: Yuri Hildebrand/TechTudo

Outros problemas refletem riscos associados com outros dispositivos. Suponha que seu televisor é um modelo vulnerável, que usa um sistema operacional simples e que pode ser invadido. Nesse ambiente, qualquer coisa que você faça com o aparelho torna-se arriscado: navegar nas redes sociais pode dar ao criminoso acesso a sua conta, assim como fazer compras direto na loja virtual da smart TV pode acabar dando ao invasor a capacidade de interceptar suas informações bancárias.

Além disso, o criminoso pode ter a capacidade de controlar remotamente o seu televisor, distribuindo um código malicioso e transformando a TV em parte de uma rede botnet. Por meio da rede Wi-Fi também é possível espalhar um malware para outros dispositivos conectados da casa.

Embora os principais vetores de infecção de um televisor estejam associados com a Internet, é preciso lembrar que o uso indiscriminado de pendrives e HDs externos também pode dar dor de cabeça. Uma unidade USB suspeita também pode ser usada para disseminar malwares e infectar o seu aparelho.

Como saber se seu televisor está vulnerável e como se proteger

Manter a TV atualizada e racionalizar o uso conectado à Internet são medidas de segurança essenciais — Foto: Paulo Alves/TechTudo
Manter a TV atualizada e racionalizar o uso conectado à Internet são medidas de segurança essenciais — Foto: Paulo Alves/TechTudo

Diante do fato de que há uma enorme variedade de modelos e plataformas, torna-se um pouco difícil fazer um diagnóstico desses. O que pode ser feito é checar o regime de atualizações do sistema, o firmware do seu televisor. Verifique se a software que você usa tem um regime constante de atualizações e se há updates recentes. Caso a fabricante já tenha deixado seu aparelho de lado e não tenha lançado mais nenhuma atualização, você pode, sim, estar em risco.

A melhor forma de se proteger é usar a conectividade com a Internet da sua smart TV de forma racional. Para isso, evite deixar o aparelho ligado à rede quando ninguém está usando essa funcionalidade, não use a TV para fazer login em redes sociais e serviços de e-mail e procure restringir atividades mais sensíveis, como compras via cartão de crédito. Outra dica é ter atenção com o que é espetado nas portas USB, e ter cuidado com o que você instala e acessa pelo televisor.

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