A Polícia Federal já realizou a primeira fase dos trabalhos no inquérito que apura postagens falsas sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. O foco inicial dos investigadores foi recuperar mensagens apagadas pelos alvos e garantir a preservação de todas as manifestações que têm conteúdo criminoso.
O inquérito foi instaurado na quarta-feira passada, por determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Entre os investigados estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o influenciador Pablo Marçal, que postaram conteúdos falsos levantados pela PF, segundo investigadores.
Ainda não há previsão para interrogar os investigados, mas integrantes da PF avaliam que, a depender do avanço do inquérito, parte deles pode ter suas contas nas redes sociais bloqueadas pela Justiça.
A Advocacia-Geral da União também vem trabalhando no levantamento de autores de mentiras que atrapalham os trabalhos no Rio Grande do Sul, e não apenas aqueles que disseminam as fake news. O primeiro a ser acionado na Justiça foi o influenciador Pablo Marçal, que divulgou conteúdos falsos sobre a atuação das Forças Armadas na catástrofe.