RIO — Em sua obra de maior sucesso, Ziraldo traçou o perfil de uma criança criativa e indomável, que com muita graça dribla as convenções, o pessimismo e a monotonia. Mas, como o próprio autor diz no livro, houve algo de que o moleque, com sua indefectível panela-chapéu, não conseguiu se desviar: o tempo. Ainda assim, 40 anos depois do lançamento da primeira edição de “O Menino Maluquinho” , numa Bienal do Livro de São Paulo, o garoto segue esbanjando energia.
Quarentão, o Maluquinho se mantém como ícone pop no Brasil e alhures, como demonstra a edição comemorativa que a Melhoramentos acaba de lançar (120 páginas, R$ 59,90). Com capa dura e acabamento cartonado, ela traz a história original que influenciou diversas gerações de crianças, e também relíquias e curiosidades. Recupera os primeiros esboços do Maluquinho e mostra como ele chegou a culturas tão distantes quanto o Japão e a Coreia do Sul. Prestes a completar 88 anos no próximo dia 24, Ziraldo vê a publicação como um “item de colecionador”, e aponta que não vai parar por aí.
— O Menino Maluquinho está se reinventando e virando multiplataforma — diz o autor mineiro, nascido em Caratinga. — Terá um retorno ao vídeo, agora via Netflix. Vêm aí novidades tanto em livro quanto em audiolivro.
Leia na íntegra: 'Maluquinho é um menino que vive em liberdade e alegria. Acho isso muito político', diz Ziraldo