Cacá Diegues
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Por — Rio de Janeiro

Dessa vez, eles quase conseguiram. A semana abriu com a voz conceitual e serena de Wagner Moura defendendo “Guerra civil”, um filme sobre os valores artísticos, políticos e culturais, sobre os ideais da democracia norte-americana. A voz concentrada e bem informada do ator defendia professoralmente as ideias do filme, em defesa da democracia. Justo.

Felizmente a crítica brasileira não estava caindo nessa conversa. Enquanto isso, “Aumenta que é rock’n’roll” confundia a cabeça de espectadores de todas as idades que riam, cantavam junto e se identificavam com a invenção de uma rádio que lançou o rock dos anos 80 no Brasil, a Rádio Fluminense, a Maldita.

Em um, a severidade do cinema nasce das questões políticas do nosso continente. No outro, é sobre o nosso empenho em entender o que se passa conosco. São as forças artificiais dos conceitos em choque com os sentimentos do povo sobre o que ele vê na tela.

Enquanto “Guerra civil” nos narra a possibilidade de um conflito geracional e conceitual, “Aumenta que é rock’n’ roll” nos coloca em pleno prazer da descoberta das invenções culturais.

No primeiro caso, uma tentativa de nos entender a partir de conceitos que importamos da álgebra política do mundo “civilizado”. Do outro, o prazer de ver-nos inventando uma forma de absorver uma cultura para, ao se misturar, criar a nossa. Não importa.

O que de fato importa é o prazer que isso nos dá. Prazer que consolida nossa descoberta de um outro cantar. “Aumenta que é rock’n’ roll” inventa um modo de entender o que tomou conta do nosso espírito, sem tentar nos explicar isso. O prazer de nos ver descobrir o prazer de cantar é muito mais poderoso do que essa pobre compreensão do que se passa.

É mais importante estarmos ligados à democracia de maneira febril do que de modo inteligente; quero lutar com as ferramentas que temos e com as quais me sinto bem. Entre o que tentam nos ensinar e o que sabemos por vocação, ficaremos sempre com o prazer de cantar.

Outro dia, escrevi aqui que mais importante do que tentar entender tudo isso é saber exprimir isso em forma de cultura. A cultura é a síntese do que somos e do que sentimos, mesmo que o que somos e sentimos não seja perfeito. Enquanto que essa tentativa de encontrar padrões é uma forma de estabelecer critérios, que talvez não sejam os nossos.

Queremos entrar nessa disputa com uma versão do que amamos. E não do que pensamos. Não quero apenas pensar sobre o mundo, quero amá-lo. E amando-o expressar meus sentimentos sobre ele.

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