Cultura
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Maior sucesso de Charles Trenet (1913-2001, grande astro da canção francesa, cujo "Douce France" virou hino da Resistência, durante a ocupação nazista), "La mer" ganhou uma releitura de Caetano Veloso, lancada esta sexta-feira como single. A gravação, em voz e violão, faz parte da trilha de "Une Famille" ("Uma Família"), documentário da escritora e diretora francesa Christine Angot cuja pré-estreia mundial do documentário no Festival de Berlim, no último dia 18.

"La Mer" foi lançada em 1945 pelo cantor Roland Gerbeau e, em pouco tempo, tornou-se um sucesso mundial, e foi ouvida por Caetano, na infância, em Santo Amaro da Purificação. Em 2008, em Paris, Angot ouviu cantar o brasileiro a canção pela primeira vez.

— Guilherme Araújo era meu empresário. Passou anos pedindo pra eu cantar "La Mer" — conta Caetano. — Eu gostava imensamente dele. Prometia aprender direito a canção e cantar numa próxima temporada. Sempre adiando. Quando ele morreu, senti. Numa apresentação em Paris, cantei ‘La Mer’ em homenagem póstuma a ele. A escritora Christine Angot estava na plateia. Acho que ficou tão comovida quanto eu, já que, ao concluir um filme sobre sua própria vida, me pediu que gravasse a música como o fiz há anos em Paris: sozinho ao violão e em andamento ultra lento. Assim gravei.

O single ganhou um vídeo no YouTube com imagens do cantor no fim de tarde no Porto da Barra, sua praia favorita, frequentada nos verões em Salvador.

Não é de hoje que Caetano Veloso transita pela canção francesa. No álbum “Outras Palavras” (1981), ele gravou "Dans mon île", de Henri Salvador e Maurice Pon. Em 2009, num show em São Paulo, uniu-se a Jane Birkin e à Orquestra Imperial em "Je suis venu te dire que je m'en vais", de Serge Gainsbourg. Em outra apresentação em Paris, em 2021, cantou "Tu t'laisses aller", de CharlesAznavour, incluída na trilha de “Uma Mulher é uma Mulher” (1961), de Jean-Luc Godard. E “Ne me quitte pas”, de Jacques Brel, já mereceu uma versão sua a cappella, que emocionou a atriz Jeanne Moreau na plateia.

Autora dos livros “L'Inceste” (1999), “Pourquoi le Brésil?” (2002) e “Un amour impossible” (2015), Christine Angot estreou na direção com o autobiográfico “Une Famille”. Antes disso, ela colaborou com dois roteiros de filmes de Claire Denis, uma das principais diretoras francesas contemporâneas — entre eles, “Com amor e fúria” (2022), estrelado por Juliette Binoche.

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