Cultura
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Por — Rio de Janeiro

O velório do cartunista e desenhista Ziraldo Alves Pinto acontece, das 10h às 15h deste domingo, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio. A cerimônia é aberta ao público. Ziraldo, como é conhecido, morreu neste sábado, aos 91 anos, em casa, em consequência de uma falência múltipla de órgãos. O sepultamento será Às 16h30 no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Zuenir Ventura cumprimenta Daniela Thomas, filha de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo
Zuenir Ventura cumprimenta Daniela Thomas, filha de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo

A irmã de Ziraldo, Santinha Alves Teixeira, acompanha o velório ao lado do caixão. Também estão no local as filhas Daniela Thomas e Fabrizia Pinto. O jornalista Zuenir Ventura chegou acompanhado da mulher e dos filhos, aparentando estar emocionado, e cumprimentou Daniela. Camila Pitanga também fez questão de se despedir de Ziraldo.

A cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo
A cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve no velório e ressaltou a importância de Ziraldo para a cultura carioca.

---- Ziraldo era desses mineiros que marcaram a história dessa cidade. Uma vida muito bem vivida. Ele morreu em paz. O Rio de Janeiro fez até sol em homenagem a ele --- brincou o prefeito.

A atriz Camila Pitanga no velório de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo
A atriz Camila Pitanga no velório de Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo

O cartunista Pedro de Oliveira Szapacenkopf, de 40 anos, teve o privilégio de estagiar com Ziraldo na juventude. Ele conta que ao lado do mestre aprendeu não apenas a arte de desenhar como também a arte de voltar a ser criança:

--- Ziraldo foi um grande professor. Ele era um homem genial e muito criativo. O mais genuíno de trabalhar ao lado dele é que quando estávamos criando algum desenho ele sempre pedia para a gente pensar como uma criança. Ele levava a vida assim. Tudo era uma eterna brincadeira para ele. Talvez seja por isso que suas obras divertiram tantas pessoas de idades diferentes.

Livro em branco

No livro da vida Ziraldo não apenas escreveu a própria história como de tantos personagens que marcaram uma geração. Em homenagem ao desenhista, uma mesa com livro com páginas em branco foi colocada pela família no MAM para que quem foi ao velório pudesse escrever e eternizar suas memórias pessoais com o artista.

O livro em branco em homenagem a Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo
O livro em branco em homenagem a Ziraldo — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo

---- Era um grande homem e um grande desenhista. Cresci lendo Ziraldo. Meus filhos o conhecem também. Um homem como ele pensava à frente de seu tempo. Por isso, sua morte, sem sombra de dúvida, é uma grande perda para as próximas gerações, que vão conhecê-lo por fotos e suas obras. Ainda bem que vivi no mesmo tempo que ele --- afirmou Marcos Santana, desenhista e fã.

'Pai' do Menino Maluquinho

Criador de personagens famosos, Ziraldo é autor de alguns dos principais clássicos da literatura infantojuvenil brasileira, vendendo milhões de cópias. Também é o "pai" do Menino Maluquinho, o maior sucesso da história da literatura infantil no país. Um dos fundadores do jornal O Pasquim, símbolo da resistência cultural às arbitrariedades do regime militar no fim dos anos 1960. E uma das figuras mais ativas da cultura nacional dos últimos 70 anos.

Infância em Minas Gerais

Ziraldo Alves Pinto nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 24 de outubro de 1932. Começou a desenhar ainda criança, fazendo caricaturas de personalidades como Getúlio Vargas e Adolf Hitler. Com apenas 6 anos, publicou um desenho no jornal Folha de Minas. Logo desenvolveu uma fascinação por histórias em quadrinhos como “Flash Gordon” e “O Fantasma”, que iriam inspirá-lo para criar as HQs “Teleco e Tim”, “Capitão Tex” e, em 1960, a “Turma do Pererê”, primeira revista em quadrinhos feita por um só autor — e totalmente em cores — produzida no Brasil. Ziraldo se dizia um filho dos comics americanos.

— Eles e o cinema, que têm em comum a narrativa, são as duas grandes artes americanas — disse, em 2002, ao GLOBO.

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