Cultura
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Grandes fã-clubes nacionais de artistas como Anitta, Taylor Swift, Rihanna, Beyoncé, Selena Gomez e muitas outras têm se mobilizado nas redes sociais desde a noite da última segunda-feira contra o projeto de lei que busca equiparar o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. O PL foi apresentado pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e, conforme noticiou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, deve ser votado nesta terça-feira na Câmara.

A iniciativa de procurar os fãs-clubes partiu da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Todos os perfis compartilharam o link criancanaoemae.org, que coleta assinaturas contra o PL, cujo objetivo é alterar o Código Penal para estipular que a interrupção da gestação seja equiparada a "homicídios simples" nos casos em que "houver viabilidade fetal, presumida em gestações acima de 22 semanas".

Uma das maiores críticas é a de que abortos autorizados por lei (em casos de estupro, anencefalia e risco para a gestante) também seriam enquadrados em "homicídios simples". Sóstenes, autor da proposta, é hoje vice-presidente da Câmara e um dos principais nomes da bancada evangélica.

Contas como o Update Swift Brasil, sobre a cantora Taylor Swift (@updateswiftbr), tem mais de 230 mil seguidores no Twitter; Beyoncé Brasil, 180mil; Selena Gomez Brasil, mais de 330 mil.

Confira abaixo alguns dos fãs-clubes que se mobilizaram.

Ataques

O fã-clube Selena Gomez Brasil, com mais de 330 mil seguidores no X e 50 mil no Instagram, contou ter sofrido ataques depois da postagem contra o projeto de lei no Brasil.

"Recebemos inúmeros comentários absurdos no Instagram sobre nosso apoio ao direito ao aborto seguro – principalmente para vítimas de abuso sexual que, em sua maioria, possuem menos de 13 anos", escreveram os administradores da conta. "Gostaríamos de lembrar que em 2022, Selena Gomez foi uma das celebridades que assinou a carta aberta do Planned Parenthood contra a possibilidade de revogação do direito constitucional ao aborto nos Estados Unidos. Assim como ela, nunca nos posicionaríamos contrários a um direito básico da saúde de mulheres e, infelizmente, crianças que não deveria estar em pauta."

Artistas se pronunciam

A atriz Luana Piovani foi uma das celebridades a posicionar contra o projeto em suas redes sociais. Ela compartilhou uma publicação que argumenta que o projeto de Sóstenes levará à criminalização da interrupção de "gravidez fruto de violência (...) em especial quando essas pessoas são crianças".

Outra a se posicionar contra o projeto, a atriz Samara Felippo argumentou que o texto pode "ceifar" a infância de menores de idade que engravidam após serem vítimas de violência sexual. A atriz ponderou que o aborto é "uma pauta delicada para muita gente" e avaliou que o país é "ultraconservador", mas avaliou que o projeto é "absurdo".

— Estamos falando de crianças que viram mães através de um estupro. É muito absurdo, e deixar isso passar é de uma crueldade tão bisonha (...). Quem não entende isso passou do nível do que é ser humano — afirmou Felippo em vídeo.

A cantora Teresa Cristina e a apresentadora Titi Müller também se posicionaram contra a medida, e orientaram seguidores a pressionarem os parlamentares para que não aprovem o texto.

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