Cultura
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Por — Rio de Janeiro

Os apaixonados por documentários musicais têm uma casa pelos próximos 12 dias: o In-Edit Brasil. Em sua 16ª edição, o Festival Internacional do Documentário Musical acontece em diversas salas de São Paulo e em plataformas digitais parceiras (Sesc Digital, Itaú Cultural Play e Spcine Play). São mais de 60 filmes, nacionais e internacionais, em sessões gratuitas, com exceção do Cine Sesc, onde algumas exibições terão ingressos no valor único de R$ 10.

Um dos destaques da programação em 2024 é a mostra Especial Música e Máquinas, uma seleção de sete filmes que exploram a relação entre as composições e a tecnologia, com atenção especial para a origem da música eletrônica e dos sons artificiais.

Em “I dream of wires”, o diretor Robert Fantinatti traça a história dos sintetizadores modulares a partir do trabalho de nomes como Trent Reznor e Gary Numan. Já “Moog”, de Hans Fjellestad, explora a vida e o legado de Robert Moog, o inventor dos sintetizadores modulares.

— Além de filmes que retratam o começo das invenções e dos experimentos da música eletrônica, temos produções sobre a realidade de hoje, como “Cyborg Generation”, do espanhol Miguel Morillo Vega, que fala sobre bioarte, do pessoal que está inserindo chips no corpo para ouvir sons que o ouvido humano não escuta — diz Marcelo Aliche. diretor artístico do In-Edit Brasil.

A cena da música eletrônica no Brasil também está presente na mostra com a exibição do documentário “Eletrônica:mentes”, de Dácio Pinheiro, Denis Giacobelis e Paulo Beto, sobre o início do gênero no país.

— Nossa ideia foi fazer um documentário focado nas origens, nos primeiros experimentos e no desenvolvimento da música experimental no Brasil, dando destaque a pioneiros como Jocy de Oliveira, Jorge Antunes, Guido Stolfi, Luiz Roberto Oliveira, entre outros, abordando a memória e os processos criativos de diferentes gerações — explica Dácio Pinheiro.

No doc, os diretores abordam o período em que era muito difícil montar um estúdio de música eletrônica, entre 1960 e 1980, até os dias de hoje, em que existe um acesso mais democratizado às tecnologias. A partir da pesquisa para o longa, Pinheiro já embarcou numa nova produção, ainda em desenvolvimento, de um documentário sobre Jocy de Oliveira, a primeira a fazer uma performance de música eletrônica no Brasil, em 1961, em “uma época que não existia nem mixer no país”, lembra o realizador.

Imagem de arquivo presente no filme “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, sobre a cena dos bailes de soul music no Rio nos anos 1970 — Foto: Arquivo / Agência O Globo
Imagem de arquivo presente no filme “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, sobre a cena dos bailes de soul music no Rio nos anos 1970 — Foto: Arquivo / Agência O Globo

Das 28 produções brasileiras selecionadas para o evento, cinco estarão na disputa na mostra competitiva nacional, em que o realizador vencedor ganhará a oportunidade de apresentar seu longa no In-Edit Barcelona. Os filmes na competição oficial são “Black Future, eu sou o Rio”, de Paulo Severo, sobre a banda Black Future; “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos, sobre a cena dos bailes de soul music no Rio nos anos 1970; “O homem crocodilo”, de Rodrigo Grota, sobre Arrigo Barnabé; “Luiz Melodia — No coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan, sobre a trajetória do artista carioca; e “Terra de Ciganos”, de Naji Sidki, sobre a cultura cigana no país.

Fora de competição, a seleção nacional conta com documentários sobre nomes da música no Brasil como DJ Marlboro, Zé Ketti e Dorival Caymmi.

— Temos muitos filmes sobre grandes nomes, mas também temos sobre personagens de que não falamos tanto, como Aldo Baldin e Moacyr Luz — acrescenta Aliche. — Acredito que o festival faz um panorama bem legal da diversidade da música brasileira.

A cena musical internacional também está bem representada no evento, com docs sobre nomes importantes como Carlos Santana, Cyndi Lauper, Paul Simon e Brian Jones, dos Rolling Stones.

Mick Jagger, Brian Jones, Keith Richards, Bill Wyman e Charlie Watts, dos Rolling Stones — Foto: Divulgação
Mick Jagger, Brian Jones, Keith Richards, Bill Wyman e Charlie Watts, dos Rolling Stones — Foto: Divulgação

A abertura do In-Edit acontece na noite de hoje com a exibição para convidados do documentário “Devo”, de Chris Smith, sobre a banda dos anos 1970 de hits como “Whip it” e “That’s good”, em sessão no Cine Sesc.

Em sua programação paralela, o In-Edit também inclui apresentações musicais de nomes como Arrigo Barnabé, BNegão e Orkestra Bandida, além de uma projeção de filme com trilha tocada ao vivo por Lúcio Maia, debates, encontros e masterclasses. O festival acontece até o dia 23.

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