Exclusivo para Assinantes Obras que têm ajudado a redefinir a construção simbólica que é o sertão O Globo 19/05/2018 - 04:30 Compartilhe por Facebook Twitter WhatsApp Newsletters Ver todas as galerias Foto Anterior Próxima Foto Cordel do Fogo Encantado. Nascido no sertão pernambucano, na cidade de Arcoverde, e formado por jovens sertanejos há duas décadas, o Cordel do Fogo Encantado encarna em sua música a ideia do sertão vivo, dinâmico, mutante, em oposição a um sertão arcaico e museológico. É o que a banda mostra em seu recém-lançado disco “Viagem ao coração do sol”: — Optamos por uma música e uma poesia inventiva, em criar ritmos, e não reproduzir ritmos tradicionais — explica o vocalista Lirinha. Foto: Divulgação/Tiago Calazans Cabaré do Xote Moderno. O novo projeto de Letícia Persiles, da banda Manacá, está em fase de preparação (há uma campanha de financiamento coletivo aberta). O espetáculo imagina a atmosfera de uma taverna no sertão do Cariri, e une Kurt Weill, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Marinês. — O Cabaré tem a intenção de ser um coletivo de músicos, ainda não temos nenhum projeto de disco em mente, mas sim de encontros e ensaios abertos — conta Letícia. Foto: Divulgação ‘Onde nascem os fortes’. Da trilha sonora à presença de personagens característicos desse novo sertão, a supersérie da TV Globo busca inspiração no imaginário desenhado antes por Guimarães Rosa e pelo Cinema Novo, entre outras referências. — Há a terra árida e a opressão masculina, mas surgem mulheres como Maria (Alice Wegmann), Cássia (Patricia Pillar), Rosinete (Debora Bloch) e Joana (Maeve Jekings), que põem em xeque esse equilíbrio de forças — diz George Moura, um dos autores de “Onde nascem os fortes". Foto: Divulgação/Estevam Avellar 'Boi neon'. O diretor Gabriel Mascaro afirma que era fundamental que a ação do filme, lançado em 2015, se desse no espaço do sertão de hoje: — Me pareceu importante que o “Boi neon” se passasse em meio a um cenário contemporâneo de uma estranha prosperidade econômica regendo novos signos, desenhando novas relações humanas, afetos e desejos. É um filme sobre a transformação da paisagem humana, ainda que com todas as ambiguidades dessa transformação “tropeçada”. Foto: Divulgação ‘Suassuna — O auto do reino do sol’. Idealizado e produzido pela Cia. Barca dos Corações Partidos e pela produtora Andrea Alves, o musical (em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo) visita o universo de Suassuna cruzando a alegria das cores do circo e do maracatu com a violência e o drama sertanejo. — Todo o contexto político da obra, de disputa de poder, de desprezo pelo povo, é muito atual. E, em termos de linguagem, os figurinos e a música puxam para o hoje de forma mais evidente — explica Andrea. Foto: Divulgação/Marcelo Rodolfo Pular PUBLICIDADE ‘Grande sertão: Veredas’. A construção do sertão que se vê na peça de Bia Lessa (atualmente em viagem por teatros do Nordeste) se dá pela sugestão, explica a diretora: — Nossa referência foi a obra do Guimarães: “o sertão está em toda parte”, “o sertão está dentro da gente”. Não revelar um sertão tal como é, mas de evocar um sertão que pudesse ser complementado por cada um dos espectadores. Escolhemos criar um espaço de confinamento onde o sertão pudesse ser apenas sugerido, pelos gestos e pela voz dos atores. Foto: Divulgação/Roberto Pontes
Cordel do Fogo Encantado. Nascido no sertão pernambucano, na cidade de Arcoverde, e formado por jovens sertanejos há duas décadas, o Cordel do Fogo Encantado encarna em sua música a ideia do sertão vivo, dinâmico, mutante, em oposição a um sertão arcaico e museológico. É o que a banda mostra em seu recém-lançado disco “Viagem ao coração do sol”: — Optamos por uma música e uma poesia inventiva, em criar ritmos, e não reproduzir ritmos tradicionais — explica o vocalista Lirinha. Foto: Divulgação/Tiago Calazans
Cabaré do Xote Moderno. O novo projeto de Letícia Persiles, da banda Manacá, está em fase de preparação (há uma campanha de financiamento coletivo aberta). O espetáculo imagina a atmosfera de uma taverna no sertão do Cariri, e une Kurt Weill, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Marinês. — O Cabaré tem a intenção de ser um coletivo de músicos, ainda não temos nenhum projeto de disco em mente, mas sim de encontros e ensaios abertos — conta Letícia. Foto: Divulgação
‘Onde nascem os fortes’. Da trilha sonora à presença de personagens característicos desse novo sertão, a supersérie da TV Globo busca inspiração no imaginário desenhado antes por Guimarães Rosa e pelo Cinema Novo, entre outras referências. — Há a terra árida e a opressão masculina, mas surgem mulheres como Maria (Alice Wegmann), Cássia (Patricia Pillar), Rosinete (Debora Bloch) e Joana (Maeve Jekings), que põem em xeque esse equilíbrio de forças — diz George Moura, um dos autores de “Onde nascem os fortes". Foto: Divulgação/Estevam Avellar
'Boi neon'. O diretor Gabriel Mascaro afirma que era fundamental que a ação do filme, lançado em 2015, se desse no espaço do sertão de hoje: — Me pareceu importante que o “Boi neon” se passasse em meio a um cenário contemporâneo de uma estranha prosperidade econômica regendo novos signos, desenhando novas relações humanas, afetos e desejos. É um filme sobre a transformação da paisagem humana, ainda que com todas as ambiguidades dessa transformação “tropeçada”. Foto: Divulgação
‘Suassuna — O auto do reino do sol’. Idealizado e produzido pela Cia. Barca dos Corações Partidos e pela produtora Andrea Alves, o musical (em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo) visita o universo de Suassuna cruzando a alegria das cores do circo e do maracatu com a violência e o drama sertanejo. — Todo o contexto político da obra, de disputa de poder, de desprezo pelo povo, é muito atual. E, em termos de linguagem, os figurinos e a música puxam para o hoje de forma mais evidente — explica Andrea. Foto: Divulgação/Marcelo Rodolfo
‘Grande sertão: Veredas’. A construção do sertão que se vê na peça de Bia Lessa (atualmente em viagem por teatros do Nordeste) se dá pela sugestão, explica a diretora: — Nossa referência foi a obra do Guimarães: “o sertão está em toda parte”, “o sertão está dentro da gente”. Não revelar um sertão tal como é, mas de evocar um sertão que pudesse ser complementado por cada um dos espectadores. Escolhemos criar um espaço de confinamento onde o sertão pudesse ser apenas sugerido, pelos gestos e pela voz dos atores. Foto: Divulgação/Roberto Pontes