WASHINGTON — O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em abril ante os 1,2% registrados em março, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho.
Apesar de indicar uma desaceleração, os números seguem no patamar mais alto em quatro décadas e vieram acima das expectativas do mercado.
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Nos 12 meses até abril, o índice avançou 8,3% após os 8,5% registrados em março, que tinha sido o maior ganho anual desde dezembro de 1981.
O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,6% após alta de 0,3% em março.
No acumulado de 12 meses, a alta do núcleo é de 6,2% após os 6,5% registrados em março, que havia sido o maior ganho anual desde 1982.
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Os dados indicam que a inflação segue em níveis altos e persistentes, o que deve levar o Federal Reserve, Banco Central do país, a altas mais agressivas das taxas de juros.
Na semana passada, o Fed elevou a taxa básica em 0,50 ponto percentual e deve promover vários aumentos em série até o fim do ano.
Alguns dos maiores contribuintes para o aumento mensal incluíram abrigo, alimentação, passagens aéreas e veículos novos.
Os preços dos alimentos subiram 0,9% em abril e avançaram 9,4% em relação ao ano anterior.
Os custos de energia caíram em abril, já que os preços da gasolina cederam 6,1% em relação ao mês anterior, o que pode ser apenas um alívio temporário. Isso porque, com o conflito entre Rússia e Ucrânia, os preços de commodities energéticas como o petróleo e o gás vem renovando recordes.
Embora o indicador mostre que a inflação nos EUA provavelmente atingiu o pico, os números ressaltam a amplitude dos aumentos de preços na economia e, quando combinados com o crescimento firme dos salários, sugerem que a alta inflação persistirá por algum tempo.
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O IPC ajuda a moldar as estimativas do mercado para o índice de preços de gastos com consumo pessoal de abril, o indicador de inflação preferido do Fed, que será divulgado em 27 de maio.