RIO - A Embraer, através de sua subsidiária Eve Urban Air Mobility, anunciou nesta quinta-feira que assinou com a Bristow Group, uma das líderes mundiais em soluções de voo vertical, encomenda de até 100
aeronaves elétricas
de pouso e decolagem vertical (eVTOL) com entregas previstas para começar em 2026.
A produção vai ocorrer no Brasil, de acordo com a companhia. Recentemente, a
Gol anunciou
que também pretende atuar no setor. A empresa anunciou que pretende comprar ou arrendar 250 aeronaves do tipo eVTOL e iniciar operações em 2025 no Brasil.
No acordo entre Embraer e Bristow, não foi informado em quais países essas
aeronaves
poderão ser operadas. Na B3, as ações da Embraer operam em forte alta durante o dia e fecharam com avanço de 12,16%.
As duas companhias anunciaram ainda memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) para desenvolverem um certificado de operador aéreo (AOC, na sigla em inglês) para as eVTOLs.
O objetivo do acordo é criar um modelo de operação de mobilidade aérea em áreas urbanas (UAM).
Para isso, vai ser utilizada a experiência da Bristow no transporte de passageiros e cargas em todo o mundo.
Esse modelo de operação vai contar ainda com estudos em relação ao design de veículos e dos vertiportos, além do desenvolvimento regulatório para o ambiente operacional e operação autônoma, informou a Embraer.
O presidente e diretor executivo da Bristow, Chris Bradshaw, disse que o memorando de entendimento estratégico prevê o desenvolvimento contínuo de um modelo abrangente de operação de mobilidade aérea urbana entre Bristow e Eve para veículo que "pode, potencialmente, remodelar o mercado para todos os voos verticais elétricos com emissões de zero carbono e custos operacionais mais baixos":
— Isso vai permite expandir nossa experiência para fornecer uma opção sustentável e eficiente em novos mercados finais potenciais. Podemos alavancar nossa experiência operacional, por meio da cooperação com a Eve, a fim de projetar e construir a próxima geração de aeronaves — disse Bradshaw.
Embraer negocia uma fusão de US$ 2 bilhões de sua subsidiária Eve, que desenvolve projetos de mobilidade aérea urbana (conhecida como carros voadores), com a Zanite Acquisition, uma companhia de capital aberto dos Estados Unidos.
Autopiloto
O Projeto Vahana, da Airbus, busca criar uma aeronave VTOL elétrica totalmente autopiloto. No início de 2018, o protótipo Vahana teve seu primeiro teste de voo em escala real bem-sucedido.
Design ambicioso
O design do Volocopter 2X é ambicioso. Desenvolvido na Alemanha, possui 18 rotores movidos a bateria controlados por meio de um único joystick.
Recursos automáticos
Produzido pela empresa canadense Opener, o BlackFly combina a pilotagem pessoal com uma riqueza de recursos automáticos, incluindo aterrissagem e funções de retorno automatizado para casa.
Motores elétricos
A aeronave produzida pela Joby Aviation alcança uma velocidade máxima de 320 km/ h. Seis motores elétricos acionam a máquina voadora, que pode acomodar até cinco pessoas.
A AeroMobil, com sede na Eslováquia, está em seu quarto protótipo para lançar um carro voador. A empresa está canalizando tempo e dinheiro para o desenvolvimento de um trem de força elétrico.
Em nota, Andre Stein, presidente da Eve, ressaltou que a parceria com a Bristow, vai permitir desenvolver estruturas e operações robustas necessárias para criar uma indústria "acessível, escalonável, sustentável e segura”.
A Eve foi lançada em outubro do ano passado. Segundo a empresa, fabricante brasileira de aviões trabalha no desenvolvimento de dois veículos. Já está em fase de testes no solo um protótipo menor que o eVTOL. O outro projeto tem o tamanho real do veículo elétrico que as outras empresas estão desenvolvendo.
A Eve já firmou parceria com aéreas estrangeiras para o projeto e vai iniciar testes da operação logística no Rio ainda este ano usando helicópteros. Uma das parceiras já anunciadas é a Kenya Airways.