Economia
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Por João Sorima Neto — São Paulo

Ao completar dois anos de existência, a Stellantis, montadora que agregou em 2021 marcas como Fiat, Peugeot, Citroën, Jeep, entre outras, está lançando no Brasil e na América do Sul o projeto Bio Electro. Trata-se de um sistema de parcerias com startups, universidades e empresas parceiras para desenvolver novas linhas de veículos movidos a energia limpa. Uma delas é a de carros híbridos movidos a etanol.

- Esse programa já tem parcerias estratégicas e estamos incentivando a criar outras. Com a Academia, vamos produzir informações e formação. E vamos recrutar pessoas em locais que não são tradicionalmente automotivos - disse o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, em entrevista on-line nesta terça-feira.

Ele disse que o projeto tem diferentes pilares. Na academia, o conhecimento da Stellantis será trabalhado e a equipe de engenharia, assim como a de produto, vai se enriquecer com novas competências.

A ideia, disse ele, é buscar novas ideias também junto a startups e com empresas parcerias para desenvolver novas tendências de moto propulsão, como etanol com eletrificação. Depois haverá incubação dessas ideias e testes.

O Bio Electro começou a ser desenvolvido no ano passado, mas ganhará tração este ano e a expectativa é ter as primeiras tecnologias desenvolvidas até o final deste ano, e lançadas ao mercado nos próximos anos.

Filosa citou a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e PUC/Minas como instituições que já têm trabalhado em algumas frentes com a montadora, mas também serão procuradas outras instituições fora do estado, onde a Stellantis tem sede.

- Precisamos de competências relacionadas ao etanol e vamos buscar parcerias também fora do estado - disse.

Acompanhando as metas de descarbonização estabelecidas pela Stellantis globalmente, também na América do Sul, incluindo o Brasil, a montadora quer reduzir em 50% as emissões até 2023 e chegar a 100% em 2038.

As tecnologias que ajudarão a buscar esse objetivo passam pelos motores exclusivamente a etanol, carros híbridos a etanol, veículos elétricos a bateria e célula de combustível a etanol.

- Estamos na fase de desenvolver eletrificação com etanol, e depois vamos para as células de combustível - afirmou Fillosa, lembrando que a ideia é desenvolver localmente tecnologia e fornecedores, sem trazer tecnologias importadas, e que essas novidades devem sair no curto e médio prazo.

Ele disse que, para buscar as metas de carno zero, toda a cadeia de produção da empresa passará por um processo de descarbonização, desde a extração da matéria prima, passando por logística até reciclagem do veículo. Em cada uma dessas etapas, serão propostas soluções para esse objetivo.

Não há detalhes sobre o investimento nas parcerias com empresas, startups e academia. A Stellantis anunciou R$ 16 bilhões em investimento do grupo para o período entre 2018 e 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem na Fiesp que as novas tecnologias de energia limpa são uma oportunidade para o Brasil se reindustrilzar.

- Compartilho dessa ideia, mas nós nunca deixamos de industrializar o Brasil lançando novos modelos desenvolvidos por engenheiros brasileiros, e usando forncedores locais. Nosso índice de nacionalização de produtos é acima de 95%. Nossa pauta de industrialização nunca desacelerou - afirmou Filosa.

Ele disse que para qualquer nova tecnologia, como a que associa o etanol à eletrificação, a carga tributária deve ser pensada, se for interesse do governo, para favorecer a industrialização, a atração de investidores para fazer fábricas, formar e contratar pessoas e criar empregos. Sem esse cenário, o que prevalece é a importação.

- Para criar e ter novas tecnologias aqui precisamos ter um estrurta tributária, mas também logística, aliada ao conceito de competitividade local - afirmou.

Com dois anos de vida, a Stellantis é líder de mercado no Brasil e Argentina. Nesses dois anos, lançou 24 modelos, o que significa um por mês. A Fiat, uma das marcas da montadora, é a mais vendida na América do Sul e no Brasil e o modelo Fiat Strada é o mais vendido no Brasil.

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