O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que a taxa de juros do país está “exageradamente elevada”. No mesmo dia em que o Banco Central começou a discutir a taxa Selic, Haddad afirmou ainda que há espaço para cortes. Hoje, a Selic é de 13,75% ao ano.
— O Brasil está em uma situação favorável em relação aos seus vizinhos e ao resto do mundo. Nós não temos problemas geopolíticos, como a Ásia e a Europa, nossa inflação está mais controlada que nos resto do mundo. Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar — disse Haddad.
O ministro participou virtualmente de um seminário do BNDES, que se tornou palco de críticas ao atual patamar de juros do país.
— Não temos que temer, no Brasil, tomar as decisões corretas, tanto do ponto de vista do arcabouço fiscal quanto do ponto de vista monetário — disse.
O governo Lula em imagens
A fala do ministro ocorreu no dia em que tem início uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para definir a taxa Selic. O grupo costuma se encontrar a cada 45 dias para determinar o índice.
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O último encontro, o primeiro durante o terceiro mandato de Lula, ocorreu em 1º de fevereiro. À ocasião, o comitê manteve a mesma taxa, pela quinta vez consecutiva. É o maior patamar desde novembro de 2016, quando o índice estava em 14% ao ano.
Mais cedo, o presidente Lula afirmou que vai continuar pressionando o Banco Central pela redução da taxa Selic.