O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT/Ceará), defendeu que a nova âncora fiscal tenha como relator um(a) parlamentar alinhado(a) com os parâmetros da proposta. Guimarães também nega desconforto do governo com eventual escolha de um nome aliado ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
— Se for um relator que se identifica com a proposta, não tem problema. O importante não é o espectro ideológico do relator. O importante é que o relator tenha identidade com o que está se propondo para o país, pois não é para o governo — disse em rápida entrevista no Ministério da Fazenda, reconhecendo que deverá haver “medidas complementares” ao texto inicial da proposta.
Guimarães recusou confirmar nomes, embora tenha sido questionado sobre a possibilidade do deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) ser escolhido para a relatoria do novo arcabouço fiscal na Câmara. Mais cedo, no Senado, Rodrigo Pacheco também recusou a confirmação de nomes.
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Após reunião uma reunião de aproximadamente duas horas com o ministro Fernando Haddad, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), admitiu que a proposta de controle fiscal do governo Lula pode passar por alterações no Congresso.
— Agora nós aguardamos a evolução de um debate político natural no processo legislativo, em que a concepção inicial do Poder Executivo pode sofrer algum tipo de alteração. Mas há de nossa parte, eu senti de todos os líderes, inclusive da oposição, compromisso absoluto com uma pauta que é fundamental para o Brasil, que a disciplina e equilíbrio fiscal — dissse o presidente do Senado.