Economia
PUBLICIDADE

Por Renan Monteiro e Fernanda Trisotto — Brasília

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira que o rombo nas contas públicas pode ficar em R$ 120 bilhões em 2023, acima do previsto na última quarta-feira pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. O governo estimou que fechará este ano com um déficit de R$ 107,6 bilhões - o equivalente a 1% do PIB.

A projeção - das duas pastas - aponta para uma queda significativa no rombo das contas do governo, em relação aos valores previstos no Orçamento deste ano, que autoriza um déficit de até R$ 231 bilhões, o equivalente a 2,1% do PIB. Os números consideram o resultado primário, isto é, a diferença entre as despesas e a receita do governo federal, sem contar os gastos com juros.

A ministra destacou que o governo persegue o objetivo de reduzir o déficit primário e que a divulgação do revisão dos gastos, no relatório bimestral, mostra esse compromisso:

― É uma projeção, mas está caminhando, no sentido que queremos que o déficit fiscal no Brasil não se encerrará em R$ 230 bilhões, mas em algo de R$ 107 bilhões nessa projeção. Podemos ter uma pequena alteração quando vier o reajuste do salário mínimo, para algo em torno de R$ 120 bilhões.

Tebet ainda frisou que esses são gastos impositivos (despesas obrigatórias) e que foram aprovados quando o Congresso votou a “PEC da Transição”. Sobre a apresentação da nova âncora fiscal, a ministra pontuou que a proposta pode ser “esticada”, após as discussões previstas.

― O arcabouço está saindo do Ministério da Fazenda. Em sua moldura, tem todo o aval do Ministério do Planejamento e Orçamento. Posso dizer que a moldura desse arcabouço está muito boa. Agora é hora de analisar parâmetros, de acordo com uma decisão política do presidente. De esticar um pouco mais. Tenho certeza que vamos chegar em bons termos ― destaca.

Questionada sobre o espaço para cortar juros com tantos estímulos fiscais do Executivo, Tebet defendeu que há margem “sem dúvida nenhuma” e que não é hora de falar sobre corte de gastos, mas sim em "qualidade" no direcionamento de verbas.

Ela ainda argumentou que a Selic já estava no patamar de 13,75% quando a “PEC da Transição” foi aprovada e que a ampliação dos gastos públicos foi feita em áreas prioritárias, como o Minha Casa, Minha Vida, e para corrigir defasagens, como a falta de reajuste nos repasses da merenda escolar e do aumento dos servidores do Executivo.

Webstories
Mais recente Próxima Aliados de Lula avaliam que tentar tirar Campos Neto pode ter efeito reverso e fortalecê-lo no cargo
Mais do Globo

Tyreek Hill foi algemado de bruços perto de estádio e liberado a tempo de partida do Miami Dolphins contra o Jacksonville Jaguars

Policial que deteve astro da NFL a caminho de jogo é afastado

Como acontece desde 1988, haverá uma demonstração aberta ao público no Centro de Instrução de Formosa, em Goiás

Tropas dos EUA e da China participam de treinamento simultaneamente dos Fuzileiros Navais no Brasil

Auxiliares do presidente veem influência excessiva de integrantes da legenda do deputado em eventos de campanha

Entorno de Lula vê campanha de Boulos muito 'PSOLista' e avalia necessidade de mudanças

Cantor criticou autoridades responsáveis pela Operação Integration; Fantástico, da TV Globo, revelou detalhes inéditos do caso que culminou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra

Com R$ 20 milhões bloqueados, Gusttavo Lima diz que suspeita de elo com esquema de bets é 'loucura' e cita 'abuso de poder': 'Sou honesto'

Investigação começou após a encomenda com destino a Alemanha ser retida pelos Correio; ele criava aranhas em sua própria casa para venda

Homem que tentou enviar 73 aranhas para a Alemanha por correio é alvo da Polícia Federal em Campinas

Um dos envolvidos já havia sido preso e confessou ter entrado em uma briga com as vítimas

Chacina da sinuca: o que se sabe sobre briga após campeonato em Sergipe que terminou com seis mortos, um preso e dois foragidos

Num deles, Alexandre de Moraes é sugerido como sendo 'advogado do PCC'

Eleições SP: campanha digital de Nunes lança série de vídeos de ataques a Marçal