Ao contrário do que indicam as primeiras projeções da Black Friday brasileira, os consumidores americanos gastaram um recorde na data, com US$ 9,8 bilhões em compras online, informou o Adobe Analytics. O resultado trouxe um sinal positivo para os varejistas do país, que enfrentam projeções de vendas fracas para a temporada de fim de ano.
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A demanda por eletrônicos, smartwatches, TVs e equipamentos de áudio ajudou a impulsionar as vendas no comércio eletrônico, que tiveram resultado 7,5% maior que o do ano passado. Os consumidores ampliaram seus orçamentos apostando nas opções "compre agora e pague depois" (o parcelado), que aumentaram 72% em relação à semana anterior ao Dia de Ação de Graças.
No Brasil, ao contrário do que apontavam as projeções de analistas, o faturamento da Black Friday deve ser menor que o de 2022. Um relatório parcial da Neotrust, empresa de dados com foco no comércio digital, aponta uma queda de 13,1% em relação ao ano anterior, com receita de R$ 2,9 bilhões até as 19h59 de sexta-feira.
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No EUA, o resultado positivo marca uma recuperação em relação à época de festas do ano passado, quando a inflação elevada atingiu os bolsos dos consumidores e o varejo promoveu grandes descontos para se livrar dos estoques inchados. Em 2023, as compras de fim de ano são um indicador da resiliência do consumidor nos EUA, à medida que as poupanças da era pandémica diminuem e as taxas de juros seguem nos níveis mais elevados dos últimos vinte anos.
Perspectiva do varejo para o fim de ano
Um indicador separado feito pela Salesforce mostra que o volume de vendas online nos EUA cresceu 9% em termos anuais, impulsionado por calçado, artigos desportivos, saúde e beleza. Roupas, casa e beleza apresentaram os maiores descontos.
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A tempoerada de descontos, que segue com a Cyber Monday, em 27 de novembro, dá ao setor um indicador antecipado do que virá na temporada de férias, enquanto as empresas aguardam dados mais lentos sobre o resultado das lojas físicas. As previsões iniciais para novembro e dezembro apontam para um crescimento desanimador das vendas.
Nos EUA, a Salesforce previu que as vendas online cresceriam 1% durante esse período em comparação com 2022, o ritmo mais lento em pelo menos cinco anos. A Adobe espera que a receita cresça 4,8% no período, muito abaixo da taxa média anual pré-pandemia de 13%. As duas empresas analisam transações diferentes, o que explica a variação nos números.
A plataforma de comércio eletrônico Shopify Inc., com sede no Canadá, disse que as vendas globais da Black Friday aumentaram 22%, lideradas por roupas, cuidados pessoais e joias.