No mais ambicioso pacote de resgate do setor imobiliário já lançado na China, o governo do presidente Xi Jinping anunciou nesta sexta-feira que o banco central do país vai liberar 300 bilhões de yuans (US$ 42 bilhões) para que estatais comprem imóveis encalhados.
A vice-governadora do Banco Popular da China (o BC chinês), Tao Ling, anunciou o programa em uma entrevista coletiva em Pequim nesta manhã. Os recursos serão liberados para 21 entidades governamentais, incluindo bancos e demais instituições financeiras estatais, para que comprem apartamentos que hoje estão à venda no país.
Essas entidades serão encorajadas a financiar outras estatais nas províncias chinesas, também com a finalidade de comprar imóveis encalhados “a um preço razoável”, afirmou Tao. A expectativa é que os recursos liberados representem, na ponta, US$ 69 bilhões para a compra de imóveis a taxas de juros subsidiadas.
As vendas de imóveis na China despencaram 47% nos primeiros quatro meses do ano, e o estoque de moradias não vendidas está no nível mais alto em oito anos. A crise no setor ameaça 5 milhões de empregos e imagens de obras paradas e outras de gigantescos empreendimentos imobiliários prontos, mas completamente vazios, se tornaram um símbolo das dificuldades de Xi Jinping na gestão da economia.
Veja fotos da Grande Muralha da China
11 fotos
Muralha começou a ser erguida no século III a. C., com objetivo de impedir a entrada de invasores estrangeiros; monumento tem milhares de quilômetros e levou centenas de anos para ficar pronto