Época
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Por AFP — Rio de Janeiro

A ilha italiana da Sicília declarou estado de emergência devido a uma seca que destruiu colheitas, secou pastagens e obrigou restrições no abastecimento de água. Segundo especialistas, a mudança climática provocada pela atividade humana aumenta a intensidade e a frequência de fenômenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, secas e incêndios florestais. Estas são as principais consequências desta seca.

Segundo o ISPRA, o instituto italiano de proteção ambiental, os incêndios devastaram mais de 51 mil hectares na Sicília no ano passado e vários já foram registrados este ano. Os incêndios são muitas vezes provocados deliberadamente por membros do crime organizado e especuladores imobiliários, segundo a associação nacional de defesa ambiental Legambiente.

Na Sicília, autoridades declararam estado de emergência no início deste mês, depois de as chuvas de inverno esperadas após o rigoroso verão do ano passado terem fracassado — Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Na Sicília, autoridades declararam estado de emergência no início deste mês, depois de as chuvas de inverno esperadas após o rigoroso verão do ano passado terem fracassado — Foto: Alberto Pizzoli/AFP

Os aviões da Canadair estão retirando frequentemente água dos lagos para combater incêndios, mas o nível baixou tanto que são obrigados a buscar água no mar.

"Isto implica em demora na intervenção e um aumento considerável dos custos, que já são altos", afirma o geólogo Giuseppe Amato, da Legambiente.

Agricultura

Dos pomares de laranjas e amêndoas às oliveiras e vinhedos, os agricultores sicilianos sofrem com colheitas perdidas ou de má qualidade, após meses de escassez de chuvas e temperaturas recordes no verão passado.

O cinturão de cultivo de trigo em torno do vulcão Etna encolheu, o que também significa falta de forragem para o gado. Perto do Lago Nicoletti, no centro da Sicília, os produtores de pêssegos Leonforte, embalados individualmente nas árvores para protegê-los à medida que amadurecem, podem perder pomares inteiros devido à seca.

Vida animal

A Sicília é uma parada essencial para as aves que migram entre a África e a Europa. O Lago Pozzillo tornou-se o símbolo da seca: outrora um local preferido dos pelicanos, com capacidade para 150 milhões de metros cúbicos de água, atualmente contém apenas 3,8 milhões. O Lago Pergusa, localizado nas proximidades e protegido pela Unesco, "quase desapareceu", lamenta Giuseppe Amato.

"Se esse lago secar completamente, centenas de espécies de aves sofrerão muito em termos de migração. Pode até ameaçar espécies que estão em vias de desaparecer", afirma, alarmado.

Sicília é uma parada essencial para as aves que migram entre a África e a Europa — Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Sicília é uma parada essencial para as aves que migram entre a África e a Europa — Foto: Alberto Pizzoli/AFP

A Sicília destruiu 95% das suas zonas úmidas nos últimos 150 anos, transformando-as em áreas urbanas ou terras agrícolas, apesar do seu papel fundamental na prevenção da seca, segundo o especialista.

Sedimentos

A Sicília tem 25 barragens utilizadas para irrigação e quatro para água potável, embora nem todas estejam em funcionamento, segundo dados do Ministério de Infraestrutura. Estas 29 barragens contêm atualmente 23% menos água do que no mesmo período do ano passado, segundo dados das autoridades regionais.

O problema se deve, em parte, ao fato de as barragens serem antigas e o acúmulo de lodo ter reduzido o volume de água que podem reter, mesmo quando há elevados níveis de chuva.

Desperdício de água

Em média, 42% da água da rede de distribuição italiana perde-se devido a vazamentos nas tubulações, segundo a agência nacional de estatística italiana (Istat), um problema que sobe para 52,5% na Sicília. Segundo a agência de proteção ambiental Arpa Sicilia, a região possui 463 estações de purificação, mas apenas 388 estão ativas e apenas 20% estão habilitadas.

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