Copa do Mundo Feminina
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Por Carol Knoploch; Tatiana Furtado

O sonho do inédito título da Copa do Mundo feminina morreu ainda na primeira fase do Mundial da Austrália e Nova Zelândia, que termina neste domingo com a final entre Espanha e Inglaterra. Não que ele fosse muito palpável neste momento... Outro desejo do Brasil, no entanto, continua vivo: sediar uma edição da competição pela primeira vez, em 2027. Também não será fácil. A concorrência é tão forte quanto a de dentro de campo. Porém, há grande expectativa de receber o torneio que cresce exponencialmente e pode ser o empurrão definitivo para o desenvolvimento sustentável da modalidade no país.

Ao contrário da última escolha de sede da Copa do Mundo feminina, quando o Brasil teve intenção de receber o evento, mas a CBF retirou a candidatura antes do processo final, desta vez, trata-se quase de um projeto pessoal do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

Caminhos para a Copa do Mundo feminina 2027 — Foto: Editoria de Arte
Caminhos para a Copa do Mundo feminina 2027 — Foto: Editoria de Arte

GOVERNO QUER LEGADO ANTECIPADO

No mês passado, a comitiva da CBF que foi à Austrália participou de um workshop da Fifa sobre o que a entidade espera das candidaturas. Também trocou ideias com os organizadores locais da edição atual. Tudo isso para começar a colocar a mão na massa. O país precisa entregar o projeto da candidatura até dia 8 de dezembro, prazo final para todas as concorrentes que já submeteram cartas de intenção.

O anúncio da Fifa será em maio do ano que vem, após fazer inspeções nos países candidatos, em fevereiro, e finalizar o relatório conclusivo nos meses seguintes.

A CBF vai anunciar em breve a comissão responsável por colocar o projeto de pé, com pessoas de fora da entidade. Apesar de ainda ser embrionária, há extrema confiança no sucesso da empreitada, que traria o torneio pela primeira vez ao continente sul-americano.

Há muitos pontos favoráveis ao Brasil, na visão da entidade. Um dos principais é o apoio do governo federal, expresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Esporte, Ana Moser. Embora a candidatura seja da CBF, uma entidade privada, um evento desse porte precisa de garantia governamental, prometida pela atual gestão.

Um dos motivos da desistência da candidatura para receber a Copa de 2023, inclusive, foi a falta de apoio do governo federal sob o comando de Jair Bolsonaro.

PESO DA GEOPOLÍTICA

O Ministério do Esporte acompanhou a delegação da CBF na Austrália e trabalha com um projeto de legado que seja construído antes do Mundial de 2027.

— Acho que as chances são muito boas. Já temos a estrutura pronta, os estádios prontos e já mostramos ao mundo que sabemos realizar esses eventos. É na América do Sul, no Brasil, um campo do desenvolvimento do futebol feminino — disse Ana Moser, em entrevista ao GLOBO.

O Brasil também ganhou o apoio de todo o continente, o que fortalece a candidatura diante das três “rivais”: África do Sul, Estados Unidos/México e Alemanha/Holanda/Bélgica.

A geopolítica da Fifa terá um grande peso na escolha. O presidente Gianni Infantino tem como uma de suas premissas a democratização do futebol feminino. Diante disso, a CBF confia que, dificilmente, a América do Norte, que sediará o Mundial masculino em 2026, ganhe novamente, apesar de os Estados Unidos serem a meca da modalidade e de o México ter uma liga em franco crescimento.

Pela atual migração do futebol feminino para a Europa, a candidatura do continente tem grande força, além da facilidade logística. Mas também recai no tabuleiro político da Fifa. Ainda em 2024 será escolhida a sede do Mundial masculino de 2030, e a candidatura tríplice de Espanha/Portugal/Marrocos é favorita diante do projeto da América do Sul, com Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Para equilibrar o jogo, a Fifa não deve repetir os continentes.

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