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Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro

Três equipes cariocas estão presentes na Libertadores e conheceram ontem seus caminhos e adversários. O torneio apresenta dificuldades que vão do campo às condições ambientais, mas os grupos não foram considerados tão difíceis para Fluminense, Flamengo e Botafogo. Em especial, para o tricolor, atual campeão, que escapou da temida altitude. Todavia, o rubro-negro e o alvinegro terão compromissos em cidades significativamente acima do nível do mar. A competição, que começa no dia 2 de abril e terá a final sediada em Buenos Aires, no final de novembro, teve fase de grupos definida nesta segunda-feira, no Paraguai.

A altitude é um “bicho-papão” para os brasileiros, que são acostumados a disputar partidas próximas do nível do mar. Segundo a fisiologia esportiva, quanto maior a altitude, menor a pressão do ar e o oxigênio tem mais dificuldade para entrar no seu corpo e ser usado como transporte de energia. Mas, afinal o que muda?

O que muda com a altitude — Foto: Arte O GLOBO
O que muda com a altitude — Foto: Arte O GLOBO

No Grupo E, o rubro-negro vai à Bolívia encarar o Bolívar, em La Paz, a 3,6 mil metros. Também encara o Millonarios, em Bogotá, a 2,6 mil metros. No caso do alvinegro, no Grupo D, o desafio é contra a atual campeã da Copa Sul-Americana, a LDU, nos 2,850 mil metros de altitude de Quito. Quando um jogador atua a mais de dois mil metros de altitude, casos dos jogos dos clubes cariocas, pode sentir náuseas, tonturas e cefaleias. E os sintomas costumam aparecer de seis a 12 horas depois de estar nesse ambiente.

Efeitos no corpo e na bola com a altitude — Foto: Arte O GLOBO
Efeitos no corpo e na bola com a altitude — Foto: Arte O GLOBO

A médica Flávia Magalhães, especialista em gestão de saúde e performance de atletas e que já teve passagens por clubes e pela seleção brasileira de futebol, explica o que muda quando um atleta que não está acostumado "sobe o morro" para jogar na altitude.

— Ocorre uma baixa saturação de oxigênio nas hemoglobinas, que são responsáveis pelo transporte no sangue e vão até os músculos e cérebro. Com isso, a recuperação entre um sprint e outro, que seria rápida ao nível do mar, é mais demorada na altitude. Isso acaba provocando um gasto energético muito maior e o atleta cansa mais rápido — afirmou.

Mas, quando se está jogando acima dos quatro mil metros, a situação é bem mais complicada e, se não for tratada, pode evoluir para um edema pulmonar agudo e edema cerebral.

A alternativa ideal para se enfrentar a altitude extrema é a de se fazer uma aclimatação no local de três semanas, o que é inviável no futebol. Mas há outras medidas que a medicina esportiva pode tomar para amenizar os efeitos: ingestão de ferro, a hidratação, o consumo de carboidratos e vitaminas. Seis horas antes da subida para o local da partida, pode-se tomar um anti-inflamatório sob orientação médica.

No grupo A, o Fluminense começará a buscar o bicampeonato em uma chave sem desafios deste tipo. Cerro Porteño (Paraguai), Alianza Lima (Peru) e Colo-Colo (Chile) jogam próximos ao nível do mar, onde a equipe de Fernando Diniz não sofrerá desta maneira.

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