Olimpíadas
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Uma cena de cortar o coração marcou a despedida da seleção feminina do Japão dos Jogos Olímpicos de Paris, no sábado. Após a vitória sobre o Quênia (3 a 0), que não foi suficiente para as japonesas avançarem às quartas de final, a capitã Sarina Koga chorou copiosamente em quadra. Aquele jogo marcava sua aposentadoria do voleibol, aos 28 anos e no auge da carreira.

O plano da ponteira já havia sido anunciado no início de julho, pouco antes dos jogos. "Meu desejo genuíno de continuar melhorando como jogadora foi o que me fez levar a carreira até os 28 anos. Todas as experiências que tive e as pessoas que conheci no esporte me fizeram ser quem sou", explicou, em postagem no Instagram.

Sarina desaba na quadra após a partida — Foto: Divulgação/FIVB/Volleyball World
Sarina desaba na quadra após a partida — Foto: Divulgação/FIVB/Volleyball World
Sarina Koga se aposentou do vôlei — Foto: Divulgação/FIVB/Volleyball World
Sarina Koga se aposentou do vôlei — Foto: Divulgação/FIVB/Volleyball World

Segundo a imprensa japonesa, Koga pretende conceder uma entrevista coletiva em breve, quando deve falar mais sobre sua decisão. Apesar de a atleta não ter aberto as razões para a aposentadoria precoce, veículos locais especulam que há relação com o casamento de Koga com outro astro do vôlei japonês, o oposto Yuji Nishida.

Os dois estão casados desde 2022 e lidam com a rotina de viagens de atletas de alto nível. Ele atua pelo Osaka Bluteon, da cidade de Osaka, e ela, pelo NEC Red Rockets, de Kawasaki. As cidades ficam a 395 quilômetros de distância.

Segundo o jornal japonês Sponichi, Sarina, que segue a carreira no vôlei desde o ensino médio, sempre manifestou a vontade de se casar. O casal, hoje, mora em casas separadas.

Nishida (direita) é casado com Sarina Koga — Foto: Natalia KOLESNIKOVA / AFP
Nishida (direita) é casado com Sarina Koga — Foto: Natalia KOLESNIKOVA / AFP

Sarina deixa Paris com o posto de terceira melhor pontuadora da fase de grupos. Fez 52 pontos (47 de ataque, 3 de bloqueio e 2 de saque) em três jogos. Na imprensa japonesa, houve certa expectativa pelo sobrenome que ela usaria na camisa. Optou pelo de solteira e manteve o "Koga" acima de seu número 3.

— Ouvir o apoio dos torcedores japoneses aqui em Paris foi incrível. Eles vieram a todas as partidas, foi o que nos encorajou na quadra e nos deu mais força. Fiquei feliz por, depois de duas derrotas, termos sido capazes de lutar juntas (pela vitória). Hoje, não pensei como capitã, lutei como a Sarina Koga que ama o voleibol — declarou ela após a partida.

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