Eleições EUA
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Por O Globo e agências internacionais — Washington

Durante sua primeira entrevista coletiva após o desastroso debate contra o ex-presidente Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, repetiu sua promessa de continuar na disputa para a reeleição. Durante quase uma hora de entrevista, Biden não indicou que consideraria desistir da disputa eleitoral. O evento ficou marcado, no entanto, confusões e hesitação por parte do presidente.

Questionado se a sua vice-presidente, Kamala Harris, teria capacidade de enfrentar o magnata em uma eventual disputa nas urnas, ele confundiu seu nome e a chamou de Trump.

— Eu não teria escolhido Trump se não achasse que teria chance de vencer — disse Biden, fazendo referência a Kamala, sem notar o erro.

Segundo o New York Times, embora a coletiva tenha sido "vacilante", o presidente "demonstrou um domínio da política externa e evitou repetir os piores momentos do debate presidencial de duas semanas atrás que provocaram turbulência dentro de seu partido". Ele também afirmou que argumentou que a "gravidade da situação" atual exigira experiência do candidato.

Biden cometeu outra gafe mais cedo, em discurso no último dia da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na ocasião, o democrata apresentou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, que estava ao seu lado, pelo nome do mandatário russo, Vladimir Putin.

Enquanto a coletiva ainda acontecia, Trump aproveitou a gafe para caçoar de Biden em uma postagem na sua rede social, Truth Social.

"Joe desonesto começa sua coletiva de imprensa com: 'Eu não teria escolhido a vice-presidente Trump para ser vice-presidente, embora eu ache que ela não era qualificada para ser presidente'", escreveu Trump, ironizando: "Ótimo trabalho, Joe!".

Em resposta, Biden escreveu na rede social X (antigo Twitter): "A propósito: sim, eu sei a diferença. Uma é promotora e o outro é criminoso", postou pouco após a postagem de Trump, focando na condenação do adversário e em suas pendências judiciais.

Atraso depois da gafe

Prevista para às 19h30 (horário de Brasília), a coletiva atrasou 1h, algo incomum para a Casa Branca, um indício do clima de tensão nos bastidores depois do vexame no evento anterior. A sequência de gafes adicionaram mais uma camada de pressão em uma das semanas mais tensas para a candidatura do democrata, após diversos aliados pedirem publicamente pela sua desistência da disputa pela Casa Branca.

Se não for suficiente para que abdique da corrida, as confusões distraem o público sobre as mensagens principais que o presidente tenta passar, apontam análises da imprensa americana. Biden, porém, não se mostrou disposto a desistir:

— Eu não estou nessa pelo meu legado. Eu estou nessa para terminar o trabalho que eu comecei.

Em certo momento, Biden brincou com a gafe que cometeu mais cedo com Zelensky. Ao ser perguntado por um repórter, ele explicou que pouco antes estava falando sobre Putin "e depois acrescentei outros cinco nomes", disse rindo.

— Eu estava falando sobre Putin e disse, bem no final: 'quero dizer, Putin, não, me desculpe, Zelensky' — explicou, respondendo depois uma pergunta sobre se isso poderia atrapalhar os EUA. — Quantas vezes você ouviu naquela conferência outros líderes e chefes de Estado me agradecendo, dizendo que a razão de estarmos juntos é por causa de Biden?

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