A Itália anunciou, nesta quinta-feira, que não detectou nenhuma nova mutação do novo coronavírus em passageiros recém-chegados da China que haviam testado positivo para a Covid-19 — um alívio para as autoridades. De acordo com a primeira-ministra Giorgia Meloni, a Itália já sequenciou metade das amostras testadas em Milão e todas eram da variante Ômicron.
— Isso é bastante reconfortante — disse Meloni em entrevista coletiva nesta quinta-feira. — A situação na Itália está sob controle e não há preocupações imediatas.
Pouco depois da entrevista, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças considerou que é "injustificada" a imposição de testes sistemáticos para a Covid aos viajantes procedentes da China. A Itália havia pedido que todos os 27 países do bloco adotassem a testagem obrigatória, já anunciada pelos Estados Unidos, o Japão e outras nações. A própria China, apesar de ter abolido a quarentena obrigatória para quem chegar ao país do exterior a partir de 8 de janeiro, exigirá que os viajantes apresentem um teste de Covid feito até 48 horas antes do embarque.
A China abandonou sua política de Covid zero, que implicava medidas rígidas de contenção do vírus, no início de dezembro, levando a uma escalada das infecções no país. Embora os números exatos não sejam claros, a rápida disseminação levantou preocupações em todo o mundo sobre o possível surgimento de novas cepas.
A Itália sequenciou as amostras virais de passageiros de dois voos recentes procedentes da China. Cerca de metade das pessoas nos aviões teve resultado positivo nos testes, embora a maioria não apresentasse sintomas. Na Alemanha, o Ministério da Saúde afirmou que não viu nenhuma evidência de uma variante preocupante emergindo na China em comparação com o que já está circulando na Alemanha.