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Por O Globo, com agências internacionais

O principal nome na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou na manhã deste sábado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, tem um sobrenome conhecido do petista. Escolhido presidente no ano passado, após a morte de seu meio-irmão, o xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan é apenas o terceiro presidente da história do país — dando seguimento a dinastia que governa o país de forma quase que hereditária e que o transformou em uma potência em menos de meio século.

Quando Lula desembarcou pela primeira vez em Abu Dhabi, há 20 anos, o país era governado pelo xeque Zayed bin Sultan al-Nahyan, pai de Mohamed. Um dos fundadores do país e governante do emirado mais próspero — Abu Dhabi detém 90% do petróleo dos EAU — Zayed ficou no poder de 1971 até sua morte, em 2004.

Mohammed foi o segundo filho de Zayed a chegar ao poder. Ele assumiu a presidência em 14 de maio do ano passado, depois que seu meio-irmão Khalifa — por muitos, considerado o homem que revolucionou os Emirados Árabes — morreu. A escolha do xeque de Abu Dhabi como presidente veio por meio de uma eleição no Conselho Federal Supremo, formado pelos líderes de cada um dos sete emirados.

Embora, em tese, o conselho aponte o indicado para um mandato de cinco anos, na prática, os únicos dois homens escolhidos anteriormente morreram no cargo. A escolha de Mohammed foi considerada previsível, pois ele já exercia funções de poder, desde que seu irmão Khalifa sofrer um derrame em 2014, o que o afastou de suas aparições públicas — mas não do cargo de presidente.

Quando o ex-presidente Jair Bolsonaro foi em viagem oficial aos Emirados Árabes em 2019, por exemplo, Mohammed foi o responsável por receber o mandatário brasileiro, de quem recebeu uma camisa da seleção brasileira de futebol. Ele era a principal figura pública do governo há anos.

Considerado particularmente hostil às revoltas populares da Primavera Árabe de 2011, Mohammed pode contar com a riqueza de Abu Dhabi para reforçar seu poder na região e mostrar seu apoio a regimes como o do egípcio Abdel Fatah al-Sisi.

ONGs de defesa dos direitos humanos denunciam os abusos no país, como o caso de Ahmed Mansur, um ativista pró-democracia preso desde 2017. Também criticam as más condições de trabalho de muitos migrantes nos Emirados e em outros países do Golfo.

Aos 62 anos, o xeque é casado com Sheikha Salama bint Hamdan bin Mohamed Al Nahyan desde 1981, com quem teve quatro filhos e cinco filhas. Eles também têm duas filhas adotivas e 15 netos.

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