Israelenses e cidadãos com dupla nacionalidade residentes no Brasil e que sejam da ativa ou reservistas do Exército estão sendo convocados para lutar contra o Hamas na guerra em Israel.
Procurada pelo GLOBO, a Embaixada de Israel no Brasil confirmou a informação, mas não soube precisar o número de pessoas convocadas. A embaixada também explicou quais os critérios para a convocação.
- Ao vivo: Conflito no Oriente Médio opõe Israel e Hamas
- 'Sem eletricidade, comida, água e combustível': ministro da Defesa de Israel anuncia cerco total a Gaza, onde vivem 2 milhões
Quem está sendo convocado?
Os cidadãos israelenses que estão temporariamente no Brasil. São pessoas alistadas na reserva e que treinam anualmente em Israel.
Um israelense que mora no Brasil pode ser convocado?
Somente se essa pessoa não se desligou da reserva quando deixou Israel. É precisam se desligar, mas algumas pessoas esquecem, de acordo com a embaixada.
O que ocorre com que tem dupla nacionalidade?
Apenas quem quem já serviu o exército israelense durante o serviço obrigatório pode ser convocado.
Por exemplo: um brasileiro que vive a vida inteira no Brasil e mora no Brasil, mas adquiriu a cidadania israelense, não pode ser convocado, pois não está alistado na reserva.
A convocação, para quem a recebeu e faz os treinamentos anuais, é obrigatória para quem ainda está ligado a uma unidade de reserva, de acordo com a embaixada.
Voo saindo de Lima
Por enquanto, a Embaixada de Israel confirma a saída de um avião para os reservistas convocados de Lima, no Peru, às 20h no horário local nesta terça-feira. Os convocados no Brasil, portanto, teriam de se deslocar até lá.
A embaixada israelense publicou em suas redes sociais um comunicado sobre o voo. Nele, informa que as embaixadas israelenses nos Estados Unidos, em toda América Latina e a União das Federações Judaica decidiram financiar em conjunto um avião de Lima para Israel para os cidadãos israelenses que estão na América Latina e foram convocados.
Ataque do Hamas em Israel:
- Israel sofreu neste sábado, dia 7, uma ofensiva coordenada em larga escala com uma chuva de mais de 2.500 foguetes e invasão por centenas de combatentes palestinos que deixou o país em choque com ao menos 250 mortos e 1.590 mil feridos.
- A onda de ataques, batizada pelos palestinos de “Operação Dilúvio de al-Aqsa”, levou o terror a dezenas de cidades e localidades no sul e no centro de Israel — incluindo Jerusalém e Tel Aviv.
- Cidades foram atingidas por foguetes ou invadidas por combatentes que abriram fogo contra prédios das forças de segurança, atiraram em carros nas estradas e capturaram dezenas de civis e militares como reféns.
- Em resposta, o o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instou os palestinos a saírem de Gaza e prometeu "reduzir os esconderijos do Hamas a ruínas".
- O Hamas divulgou um comunicado após o início dos ataques. Israel, junto com o Egito, mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o Hamas assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre militantes palestinos e o Estado judeu.
Inscreva-se na Newsletter: Guga Chacra, de Beirute a NY