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Por O Globo e agências internacionais

As Forças Armadas de Israel confirmaram nesta terça-feira a morte de Ibrahim Biari, um dos líderes do Hamas que comandaram o ataque terrorista de 7 de outubro, durante o bombardeio ao campo de refugiados Jabalia — o maior entre os oito abrigos do enclave palestino.

"Os caças da IDF [Forças de Defesa de Israel], agindo com base na inteligência, mataram Ibrahim Biari, o comandante do Batalhão Central de Jabalia do Hamas. Biari foi um dos líderes responsáveis pelo envio de agentes terroristas 'Nukbha' a Israel para realizar o ataque terrorista assassino em 7 de outubro. Vários terroristas do Hamas foram atingidos no ataque", disseram em um comunicado.

Além de Biari, ao menos 50 pessoas morreram e 150 ficaram feridas, informou o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. Segundo a pasta, "pelo menos 20 edifícios" foram destruídos.

"Mais de 50 mártires, quase 150 feridos e dezenas de pessoas estão sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no acampamento de Jabalia", informou o ministério em um comunicado.

Bombardeio israelense no maior campo de refugiados de Gaza mata comandante do Hamas

Bombardeio israelense no maior campo de refugiados de Gaza mata comandante do Hamas

Em entrevista à CNN, o porta-voz das Forças Armadas de Israel, o tenente-coronel Richard Hecht, confirmou o bombardeio contra o campo de refugiados e afirmou que o comandante estava "escondido, como eles fazem, atrás de civis". O repórter da CNN questionou Hecht sobre os civis inocentes que estavam no local, que respondeu:

— Essa é a tragédia da guerra — minimizou, reiterando que as autoridades israelenses pediram para a população se deslocar para o sul.

Esta não é a primeira morte de uma liderança do Hamas anunciada nesta terça-feira. Mais cedo, outro comandante do grupo terrorista envolvido nos ataques do dia 7 de outubro foi morto. De acordo com as Forças Armadas israelenses, Nasim Abu Ajina foi morto na quarta noite de operações terrestres. Outros 300 alvos também foram atingidos.

O campo de refugiados Jabalia fica localizado no norte do enclave palestino e fora da Cidade de Gaza — para onde as autoridades israelenses haviam pedido aos civis para que se deslocassem por questões de segurança. Nos últimos dias, as Forças Armadas de Israel também promoveram incursões terrestres na área.

Segundo a ONU, há cerca de 116 mil refugiados palestinos morando no campo de Jabalia, que cobre uma área de apenas 1,4 km². O local abriga três escolas administradas pela agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), que foram convertidas em abrigos para centenas de famílias deslocadas.

Imagens de vídeos feitas pela AFP mostram os corpos de ao menos 47 pessoas sendo retirados dos escombros por voluntários, que se debruçavam sobre os blocos de concreto em busca de sobreviventes.

Marwan Sultan, diretor do Hospital Indonésio, que fica próximo ao campo de refugiados e trabalha com capacidade limitada, disse que a unidade estava recebendo centenas de feridos e que outras dezenas de pessoas estavam mortas.

Há registros de ataques no local desde o início da guerra, informou a al-Jazeera, listando bombardeios nos dias 9, 12, 19 e 22 de outubro que tiveram o campo de Jabalia como alvo. De acordo com a ONU, o campo sofre com superlotação.

"Os abrigos são construídos muito próximos uns dos outros e há uma falta geral de espaço social e de recreação. Em muitos casos, os residentes tiveram que acrescentar andares extras aos seus abrigos para acomodar suas famílias. Muitas vezes, esses andares não têm um projeto adequado. Muitos vivem em condições precárias", afirma um relatório da UNWRA.

Um morador do campo de refugiados, Ragheb Aqal, 41 anos, comparou a explosão a "um terremoto" e falou à AFP de seu horror ao ver "casas enterradas sob os escombros e partes de corpos, mártires e feridos em grande número".

Israel lançou a maior campanha militar da história em Gaza após o ataque terrorista orquestrado pelo Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1,4 mil israelenses mortos e milhares de feridos. Do lado palestino, mais de 8 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.

O ataque ocorreu em meio a alertas internacionais sobre a escalada da violência e a crescente crise humanitária em Gaza, em um dia em que tropas israelenses e combatentes do Hamas se envolveram em "batalhas ferozes" no norte. Segundo Israel, dois dos seus soldados foram mortos no enclave nesta terça-feira.

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