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Por AFP — Pequim

O presidente chinês, Xi Jinping, exaltou a amizade entre China e Brasil nesta sexta-feira, durante a visita do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, a Pequim. Um dia depois de Alckmin afirmar que a sintonia entre os dois países em busca de uma reforma na governança global contribui para “um mundo mais justo”, Xi ressaltou que os laços entre os dois países vão “muito além das relações bilaterais”.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, para quem exporta sobretudo semicondutores, celulares e produtos farmacêuticos. Em 2023, os fluxos comerciais bilaterais alcançaram US$ 175 bilhões (R$ 923 bilhões), segundo dados do governo brasileiro. Desde que voltou ao poder no ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou um delicado exercício de equilíbrio, fortalecendo seus laços com a China ao mesmo tempo em que tenta melhorar as relações com os EUA.

Em comum, tanto o Brasil quanto a China têm buscado se posicionar como mediadores do conflito na Ucrânia – e rejeitam sancionar a Rússia por sua invasão, iniciada em fevereiro de 2022.

— Atualmente, o mundo enfrenta mudanças importantes que não eram vistas há um século — disse Xi a Alckmin no início de sua reunião, no Grande Salão do Povo em Pequim. — Como países em desenvolvimento e importantes economias emergentes, os laços entre China e Brasil vão muito além das relações bilaterais e são um modelo para promover a solidariedade e a cooperação entre nações em desenvolvimento, e também para a paz e a estabilidade mundial — acrescentou.

Alckmin, por sua vez, mencionou o fórum econômico realizado nos últimos dias na capital chinesa, no qual participaram “quase 200 empresários brasileiros”. Ele também afirmou ter se reunido com diversas empresas chinesas que operam no Brasil.

— Para nós, a China é uma inspiração — assegurou o vice-presidente brasileiro, elogiando o fato de que centenas de milhões de pessoas saíram da pobreza nas últimas quatro décadas no gigante asiático e afirmando que Lula persegue um modelo de “desenvolvimento inclusivo”.

Esperava-se que a visita de Alckmin a Pequim abrisse o caminho para que o Brasil se incorpore à Iniciativa do Cinturão e Rota, um importante projeto chinês de infraestruturas. Vários países latino-americanos se uniram à iniciativa, um pilar da diplomacia do presidente Xi para expandir a influência da China, incluindo Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. O Brasil ainda não assinou.

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