O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo da medida, segundo a administração federal, é promover a "asfixia logística" de organizações criminosas que atuam nos dois Estados. Os militares irão atuar nos seguintes locais:
- Porto do Rio de Janeiro (RJ)
- Porto de Santos (SP)
- Porto de Itaguaí (RJ)
- Aeroporto do Galeão (RJ)
- Aeroporto de Guarulhos (SP)
A GLO atende a um pedido por ajuda federal do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O Estado enfrenta uma grave crise de segurança pública. No último mês, três médicos foram assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca e dezenas de ônibus e carros foram incendiados por bandidos como reação a uma operação contra milicianos.
O decreto prevê que a operação perdure até maio de 2024. Lula também afirmou que a PF irá "ampliar" operações contra "quadrilhas e milícias" do Rio de Janeiro. O decreto de GLO foi assinado por Lula ao lado dos ministros Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil).
Há menos de uma semana, o presidente Lula disse que não decretaria uma GLO sob sua Presidência. Nesta quarta-feira, sem se referir ao posicionamento, afirmou que a situação era "muito grave" e que seria uma ação pontual restrita a portos e aeroportos. As facções criminosas utilizam esses locais como entrepostos no comércio de drogas e armas que entram e saem do país.
— Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado. E, por isso, estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para portos do Rio, Itaguaí, Santos e nos aeroportos do Galeão e Guarulhos — disse o presidente Lula.
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