Política
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Proprietário de uma montadora de veículos elétricos, de uma construtora de foguetes, e mais recentemente, do Twitter — cujo nome ele alterou para X Corp — o bilionário Elon Musk, de 52 anos, é um colecionador de embates sobre temas sociais e políticos. A polêmica mais recente é a afirmação de que irá descumprir as determinações judiciais do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Musk disse, em sua própria rede social, que vai liberar o conteúdo dos perfis que Moraes decidiu bloquear no país.

No fim de semana, Musk partiu para cima de Moraes ao defender que ele "renunciasse ou sofresse impeachment". A ofensiva do empresário veio após a publicações do jornalista americano Michael Shellenberger, que apontavam supostas violações da liberdade de expressão no Brasil em razão de exigências de Moraes à plataforma.

Desde então, Musk tem feito acusações sobre o Supremo. Afirmou que Moraes "aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso do X no Brasil".

"Brevemente, X publicará tudo o que foi exigido por Alexandre de Moraes e como esses pedidos violam a lei brasileira. Este juiz tem descaradamente e repetidamente traído a constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou ser impugnado", escreveu o norte-americano em seu perfil.

Neste domingo, Moraes respondeu o bilionário, mas de maneira judicial. O ministro incluiu Elon Musk no inquérito das Fake News, que está sob sua relatoria. Moraes determinou que o dono do X seja investigado pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede social.

Com uma fortuna avaliada em US$ 210,6 bilhões (mais de R$ 1 trilhão), Musk é lembrado por ter fumado maconha no podcast do comentarista Roe Rogan, em 2018, e por responder seus desafetos usando o emoji de cocô. Ele é filho de Errol Musk, minerador de esmeraldas da África do Sul, onde nasceu. Musk é de uma família de classe alta de Pretória, e enriqueceu, inicialmente, graças ao pai. Mais tarde, em 1999, ele fundou o banco digital “X.com”, que depois se fundiu com o Confinity de Peter Thiel para se tornar o PayPal.

Ele é cofundador de seis empresas, incluindo a fabricante de carros elétricos Tesla, a empresa de satélites e lançamentos espaciais SpaceX e a startup de túneis Boring Company.

Polêmicas

Em dezembro de 2022, Elon Musk bloqueou ao menos quatro jornalistas que cobrem tecnologia nos Estados Unidos. Os bloqueios foram destinados a profissionais que faziam reportagens sobre a empresa e o novo proprietário da marca. Alguns dos banidos haviam tuitado sobre a decisão da plataforma em derrubar a conta @ElonJet, que rastreava voos do avião particular do empresário.

De acordo com a CNN, o perfil do jornalista Donie O'Sullivan, que integra o time do canal de notícias por assinatura, está na lista de suspensões. Ryan Mac, do The New York Times e Drew Harwell, do The Washington Post também tiverem os perfis suspensos na época. A conta do jornalista independente Aaron Rupar também foi banida.

Ainda em 2022, o bilionário restaurou a conta do ex-presidente americano Donald Trump, banido da rede social após o ataque ao Capitólio por seus partidários, em Washington, em 6 de janeiro de 2021.

"O povo falou. Trump será reintegrado", tuitou Musk depois de saber o resultado final de uma enquete que fez em sua conta pessoal no Twitter, em que por uma ligeira maioria ganhou a opção "sim" ao retorno do político republicano à plataforma.

Conspiração antissemita

O empresário teria apoiado uma teoria da conspiração contra a população judia, em novembro de 2023. Ele visitou o antigo campo de extermínio de Auschwitz após causar tumulto ao responder "é a pura verdade" a uma mensagem de um usuário do X que acusava os judeus de odiarem os brancos, uma antiga teoria conspiratória entre supremacistas brancos.

Na época, o dono da Tesla e da SpaceX se desculpou pelo que chamou de "literalmente o pior e mais estúpido post que já fiz na vida" e afirmou que foi mal interpretado.

A Casa Branca condenou o bilionário por realizar uma "abominável promoção" do antissemitismo on-line.

Em setembro do ano passado, Musk afirmou que negou auxílio à Ucrânia ao evitar um ataque ucraniano a uma base russa em 2022 ao recusar o pedido de Kiev para ativar o acesso à internet no Mar Negro, perto da península da Crimeia, anexada a Moscou. O serviço de internet via satélite Starlink, operado pela empresa SpaceX de Musk, foi implantado na Ucrânia logo após ter sido invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.

Em outubro do mesmo ano, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, advertiu Elon Musk e o proprietário do Meta (Facebook), Mark Zuckerberg, sobre o aumento de informações manipuladas nas redes sociais. Em ambos os casos, o crescimento na desinformação estaria atrelado a eclosão do conflito entre Israel e o Hamas.

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