Tijuca e Zona Norte
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Por — Rio de Janeiro

A cantora Clara Nunes é considerada uma das maiores vozes do samba e da música brasileira. Dona de interpretações memoráveis, teve uma vida breve, mas de grandes sucessos. A esfuziante trajetória da mineira de Caetanópolis que marcou gerações ganha um completo registro iconográfico no livro “Clara, uma fotobiografia”, uma parceria da Numa Editora e da Editora PUC-Rio.

Organizada por Julio Diniz, a obra será lançada sábado (2), às 13h, na quadra da Portela, em Oswaldo Cruz. Aos ensaios de Rodrigo Alzuguir, pesquisador e especialista em música brasileira; Julio Diniz, professor da PUC e gestor cultural; Giovanna Dealtry, doutora em Letras e autora de “Clara Nunes — Guerreira”; Aza Njeri, doutora em Literaturas Africanas; Luiza Marcier, estilista e designer; e Rodrigo Faour, jornalista e historiador da música brasileira, “Clara, uma fotobiografia” acrescenta uma impressionante coleção de imagens.

— Eu sempre tive o desejo de homenagear a Clara de alguma maneira, tamanha é a sua importância para a nossa música popular. E a oportunidade surgiu com este livro, uma fotobiografia recheada de textos que contam a história desta mineira que saiu das Geraes para conquistar o Brasil. Clara é uma voz para ser sempre ouvida, uma mulher que engrandeceu a arte de cantar os dilemas, as alegrias e os sonhos do ser brasileiro. Uma luz que não se apaga! — afirma Diniz.

No livro, há desde fotos de Wilton Montenegro, célebre por haver retratado os maiores nomes da MPB na segunda metade do século XX, até imagens de acervos como os de Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Estado de Minas, revistas Manchete e O Cruzeiro, Museu da Imagem e do Som (Coleções Nelson Motta e Jorge Murad) e Instituto Moreira Sales (Coleção José Ramos Tinhorão), em um amplo arco visual.

“Clara era a alma do Brasil como cantora”, disse uma vez Chico Buarque. E ela própria recusava o rótulo de sambista. “Sou uma cantora da música brasileira”, afirmava. E que, ao trocar o catolicismo pela umbanda, passou a encarnar tudo o que as raízes africanas trouxeram de belo para o Brasil. A partir daí, suas roupas brancas e seu cabelo volumoso, características que a marcaram, ganharam a admiração do público e contribuíram para que se tornasse a primeira cantora brasileira a vender mais de cem mil cópias de um disco.

Após uma simples cirurgia de varizes que lhe causou complicações, Clara Nunes não resistiu e morreu, com apenas 40 anos, deixando todos os seus admiradores abalados. Em “Clara, uma fotobiografia”, muitos artistas deixaram seus depoimentos no livro — de Maria Bethânia a Marisa Monte, de João Bosco a Dori Caymmi —, confirmando que sua estrela ainda brilha como poucas na constelação da MPB.

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