A professora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá desferiu ao menos quatro chibatadas contra o entregador Max Angelo Alves dos Santos no último domingo, dia 9, em frente ao ponto de entrega em que ele trabalha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. O vídeo dura cerca de um minuto e registra também um puxão pela camisa, tentativa de um soco, além das chibatadas, que duram cerca de 15 segundos.
- Ex-atleta de vôlei: quem é a mulher que agrediu entregador com a guia usada para conduzir cães
- Na Praia do Leblon: Prefeitura suspende licença de escola de vôlei de ex-atleta que agrediu entregadores
As imagens em que Max aparece como alvo da ex-atleta de vôlei, Sandra puxa o entregador pelo uniforme, além de tentar dar um soco no rosto do homem, que é morador da Rocinha. Após essa primeira sequência de golpes, ela o alerta: "não vai embora!".
- 'Que mal a gente fez?': Entregadora diz ter sido mordida por professora e mostra bicicleta quebrada
Nesse momento, Sandra se distancia de Max, mas vai até o seu cachorro, que até então estava preso pela guia em um corrimão, e o deixa solto. Com a coleira em mãos, caminha em direção a Max.
Quando a professora se aproxima, o entregador chega a falar: "seu 'caô' não é comigo não", mas Sandra começa a chicoteá-lo. Ao todo foram quatro golpes, dos quais, em um, o entregador conseguiu se esquivar, ao abaixar. Em um dos golpes, a mulher ainda dá um empurrão em Max.
Mulher é investigada por injúria, após agredir entregadores em São Conrado
- Investigada por injúria: após agredir entregador, ex-atleta vai depor nesta quarta-feira
O cachorro, solto, late enquanto a tutora termina as agressões.
— Te juro, nem acreditei, para mim ela ia pegar o cachorro e ir embora. Nunca me passou pela cabeça que ia me agredir com a coleira e me dar chicotada nas costas — contou Max, que narra ter tentado intervir numa discussão que começara anteriormente, entre Sandra e uma outra entregadora, Viviane Maria Souza. — Uma menina (Viviane) perguntou porque ela tem tanto ódio da gente, e aí começou a discussão delas. Foi quando ela começou a falar diversas palavras ofensivas, ameaçou a menina, avançou, agarrou a menina, puxou pelas pernas, mordeu. Ela ainda ficou correndo aqui, falou que ia matar a menina. Quando voltou, já voltou me agredindo
O local em que ocorreram as agressões fica em frente a uma central de entregas, estabelecimento de onde o morador da Rocinha pega as entregas que faz por meio de um aplicativo. De bicicleta, ele e os colegas costumam ficar sentados nos degraus em frente à loja, localizada na Estrada da Gávea.
Max trabalha há um ano e meio como entregador, após perder o emprego como porteiro em um prédio, também em São Conrado.
Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio