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Talking Heads

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Talking Heads
Talking Heads
Talking Heads ao vivo em Toronto, Canadá no dia 13 de maio de 1978.
Informação geral
Origem Nova Iorque, Nova Iorque
País Estados Unidos
Gênero(s)
Período em atividade 1975 - 1991
Gravadora(s) Sire Records
EMI Records
Warner Bros Records
Afiliação(ões) Brian Eno
Tom Tom Club
The Modern Lovers
Integrantes David Byrne
Chris Frantz
Tina Weymouth
Jerry Harrison

Talking Heads foi uma banda americana de rock formada em 1975 na cidade de Nova Iorque. Formada pelo guitarrista e vocalista principal David Byrne, o baterista e vocalista de apoio Chris Frantz, a baixista e Vocalista de apoio Tina Weymouth e o tecladista e guitarrista Jerry Harrison, a banda ganhou notoriedade por fundir o rock e a new wave à world music principalmente a ritmos africanos. Além de serem precursores do que se tornaria a new wave, a banda também é uma das mais influentes e importantes da história da música.[7]

O grupo foi formado em 1974 durante os estudos na Escola de Design de Rhode Island. No início, sob o nome de The Artistics (jocosamente chamado de The Autistics) formavam o grupo apenas David Byrne (vocal, guitarra) e Chris Frantz (bateria), tocando e compondo músicas como Psycho Killer e Warning Sign. Em 1974, a namorada de Chris, Tina Weymouth (baixo), juntou-se a eles e então David mudou o nome da banda para Talking Heads.

A primeira grande apresentação da banda ocorreu no dia 8 de junho de 1975, quando fizeram a abertura do show dos Ramones no lendário CBGB's Club, em Nova Iorque. Em 1976 juntou-se mais um membro, Jerry Harrison (guitarrista e tecladista), um ex-membro dos The Modern Lovers outra grande referência novaiorquina. Rapidamente o grupo se articulou e conseguiu fechar um contrato com a Sire Records (associada da Warner Bros).

O primeiro compacto da banda lançou-se em 1977, "Love → Building on Fire".[8] De setembro de 1977 data o primeiro álbum, Talking Heads: 77[9] que já mostrava o rock e o punk misturados com sons experimentais, por influência de grupos como Velvet Underground e da nova aspiração de Cleveland, Pere Ubu. Já as músicas "Uh-Oh, Love Comes to Town", "Psycho Killer" e "Pulled Up" foram lançadas como singles.[8]

Em 1978, chegou o segundo trabalho do grupo, More Songs About Buildings and Food[10], numa colaboração com o produtor inglês Brian Eno, conhecido pelo seu trabalho com Roxy Music, David Bowie e Robert Fripp. Brian Eno se tornou uma espécie de "quinto elemento" do grupo e passou a colaborar com novos estilos musicais. É dessa época o cover de Al Green, "Take Me to the River". Este álbum teve uma melhor recepção pela crítica, o que deu certo nome à banda.

As experiências musicais continuaram com o trabalho de 1979, Fear of Music[11], cujo foco estava no flerte com o clima dark do pós-punk rock. A música "Life During Wartime" ficou famosa nesse momento.

Em 1980, lançaram Remain in Light[12] e passaram a ter uma maior influência da world music, principalmente ritmos africanos. O trabalho "Once in a Lifetime" marcou esse processo.

Após lançar quatro LPs em 4 anos, o Talking Heads fica 3 anos produzindo apenas um e nesse ínterim lançam o trabalho ao vivo The Name of This Band Is Talking Heads[13].

Durante esse período, David Byrne lança dois trabalhos solo: My Life in the Bush with Ghosts, com Brian Eno; e a trilha sonora da peça de balé The Catherine Wheel. Chris Frantz e Tina Weymouth, influenciados pelo soul, dance e funk também formam um projeto alternativo, o Tom Tom Club, e lançam o primeiro álbum, que leva o nome da banda. Nessa época perdem o produtor Brian Eno, que passa a se dedicar à banda irlandesa U2.

Speaking in Tongues foi lançado em 1983[14], um trabalho mais comercial que gerou o primeiro grande sucesso da banda no Top 10 americano, "Burning Down the House". A turnê desse trabalho, intitulada "Stop Making Sense" e considerada uma das melhores da história do rock, foi a última da banda. O documentário desta tour foi filmado pelo então novato Jonathan Demme que anos depois ganharia o Oscar de melhor diretor por O Silêncio dos Inocentes. Em Stop Making Sense, álbum ao vivo de 1984, além de "Burning Down the House" temos uma poderosa versão para "Psycho Killer".

Após o lançamento de 1982 outros 3 trabalhos foram criados: em 1985 Little Creatures[15], em 1986 True Stories[16] e em 1988 Naked[17]. True Stories, trilha sonora para um estranhíssimo filme dirigido pelo proprio Byrne teve como hits "Radiohead" (que inclusive deu nome ao grupo inglês liderado por Thom Yorke, o Radiohead) e a contagiante "Wild Wild Life".

Com o passar do tempo, a banda cada vez mais passou a ficar em segundo plano, sob os pés do líder David Byrne. Após um espaço de 3 anos sem gravações e shows foi dada a "sentença definitiva". No dia 2 de dezembro de 1991, David Byrne anunciou o fim do grupo Talking Heads durante uma entrevista no Los Angeles Times. David Byrne seguiu carreira solo mas o grupo até hoje é uma referência de rock experimental, pop e criativo influenciando bandas atuais como Radiohead, Arcade Fire, The Killers, Clap Your Hands Say Yeah e, mais recentemente, artistas inspirados pelo worldbeat, como Vampire Weekend e Yeasayer.

Referências

  1. Cateforis, Theo (2011). Are We Not New Wave? : Modern Pop at the Turn of the 1980s. [S.l.]: University of Michigan Press. pp. 2, 43, 73. ISBN 0-472-03470-7 
  2. Jack, Malcolm (21 de setembro de 2016). «Talking Heads – 10 of the best». The Guardian 
  3. Edmondson, Jacqueline. «Talking Heads». Music in American Life: An Encyclopedia of the Songs, Styles, Stars, and Stories That Shaped Our Culture [4 volumes]: An Encyclopedia of the Songs, Styles, Stars, and Stories That Shaped Our Culture 
  4. Holden, Stephen (28 de fevereiro de 1999). «MUSIC; They're Recording, but Are They Artists?». The New York Times 
  5. Robbins, Ira A. «Talking Heads | Members, Songs, & Facts». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 4 de fevereiro de 2019 
  6. Weisbard, Eric; Marks, Craig (1995). Spin Alternative Record Guide (em inglês). [S.l.]: Vintage Books. ISBN 9780679755746 
  7. «Biografia de Talking Heads» (em inglês). Allmusic.com 
  8. a b «Talking Heads - Discografia em Discogs.com» (em inglês). Discogs.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  9. «Talking Heads - Talking Heads: 77 > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  10. «Talking Heads - More Songs About Buildings and Food > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  11. «Talking Heads - Fear of Music > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  12. «Talking Heads - Remain in Light > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  13. «Talking Heads - The Name of This Band Is Talking Heads > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  14. «Talking Heads - Speaking in Tongues > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  15. «Talking Heads - Little Creatures > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  16. «Talking Heads - True Stories > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
  17. «Talking Heads - Naked > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011 
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