Saúde

Por Redação Galileu

Um grupo do Centro de Pesquisa Leibniz para Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos, na Alemanha, publicou no periódico eLife um novo estudo sobre os impactos da privação de sono no desempenho humano. Os resultados apontam que a falta de descanso causa alterações na ativação cerebral e nas conexões entre neurônios, acarretando problemas de memória e concentração.

Em comunicado à imprensa, os cientistas indicam que dormir o suficiente é essencial para um desempenho ideal durante o dia. Sem isso, a atenção e os processos de aprendizagem saem prejudicados.

A equipe explica que, para codificar um novo conteúdo na memória, as sinapses (conexões entre os neurônios) são fortalecidas e enfraquecidas, em um processo conhecido como “neuroplasticidade”. Esse mecanismo permite ao cérebro aprender e se reprogramar a partir das experiências e dos estímulos externos.

Durante o sono, o cérebro se livra das sinapses desnecessárias e fortalece as conexões importantes para a memória e a aprendizagem. Porém, em caso de privação de sono, o enfraquecimento das conexões irrelevantes não ocorre.

Como a excitabilidade cortical permanece aumentada pela falta de descanso, ocorre uma hiperatividade cerebral e, consequentemente, afeta a transmissão de sinais. Dessa forma, novos estímulos acabam sendo mal processados ​​ou, em alguns casos, sequer internalizados, dificultando o aprendizado.

A pesquisa também diferencia aquilo que é privação completa de sono dos casos em que o cronotipo — horário em que cada pessoa prefere acordar e dormir — não é respeitado. Nesse segundo quadro, a excitabilidade cerebral e a neuroplasticidade são reduzidas em certas horas do dia; diferente da privação, em que a excitabilidade permanece aumentada nesses momentos.

Portanto, os autores indicam que trabalhar de acordo com o cronotipo pode melhorar o desempenho no emprego — e proteger a saúde. Os pesquisadores lembram que, já que a plasticidade cerebral e a excitabilidade dependem do sono, dormir bem também ajuda na prevenção de problemas cognitivos, como o Alzheimer.

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