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Bronny faz desabafo e diz que jogar com pai na NBA não é prioridade: 'Não quero ser apenas o filho de LeBron James'

Bronny James e LeBron James conversam durante jogo Sam Forencich/NBAE via Getty Images

O draft da NBA está marcado para os dias 26 e 27 de junho e, por incrível que pareça, o nome mais esperado pela maioria para que seja anunciado por um time não é exatamente alguém que deve ser selecionado nas primeiras colocações. A maior expectativa atende pelo nome de Bronny James. O atleta, que atuou a última temporada na USC (University of Southern California), é filho de ninguém menos do que LeBron James, astro do Los Angeles Lakers e um dos maiores de todos os tempos no esporte.

LeBron, de 39 anos, já declarou algumas vezes que gostaria de atuar ao lado de seu primogênito e, há poucos tempo da possível entrada dele na liga, tem o seu futuro em aberto. E isso não necessariamente é algo que tem agradado o jovem jogador de 19 anos. O atleta concedeu entrevista à ESPN norte-americana e deixou claro que se sente pressionado por conta do sobrenome que carrega.

"Eu ficaria feliz em chegar à liga em vez de pensar em jogar com meu pai. Essa não é a minha mentalidade, ou pelo menos não é toda ela. Estou apenas tentando trabalhar e ver aonde isso me leva a partir daí", iniciou ele, destacando que não deseja chegar à NBA apenas por influência do pai.

"Bronny é apenas um apelido que recebi quando era mais jovem. Mas por tudo o que cerca meu pai, as pessoas apenas tentam me vincular a isso e a toda a grandeza que ele alcançou. Ainda não fiz nada, então sinto que precisa haver uma divisão entre Bronny e LeBron. Eu só quero que as pessoas saibam que meu nome é Bronny James e não ser identificado apenas como filho de LeBron James. Acho que isso seria ótimo", desabafou.

Ele também descartou comparações com outros prospectos do draft e preferiu citar jogadores como Jrue Holiday e Derrick White, do Boston Celtics, ou Davion Mitchell, do Sacramento Kings, pela maneira como eles influenciam a vitória ao se destacarem em seus papéis.

"Meu trabalho é apenas desempenhar um papel e jogar da maneira certa, garantir o envolvimento de meus companheiros de equipe e coisas assim", comentou. "Mas, novamente, fiquei muito grato pela oportunidade. Senti que deveria ter essa chance."

A palavra "grato", aliás, foi algumas vezes citada por ele durante a entrevista, já que apenas o fato de estar elegível ao draft já é considerado uma vitória para alguém que alguns meses atrás teve uma parada cardíaca e deu um grande susto.

"Foi um momento difícil, com certeza. Sinto que meus pais foram um grande fator. Eles acreditaram em mim e me deram o amor e o carinho que eu precisava naquele momento. Todo esse trabalho que fiz realmente me transformou em alguém que nunca desistiria e valeu a pena. Eu trabalhei depois dessa situação e estou de volta onde quero estar."

Muito por conta do problema de saúde que enfrentou (e enfrenta até hoje), James teve médias tímidas na universidade, com médias de 4,8 pontos, 2,8 rebotes e 2,1 assistências, números parecidos com o que teve nesta terça-feira (14), em uma partida de demonstração durante o combine, onde anotou 4 pontos, acertando dois de oito arremessos tentados, e pegou 4 rebotes durante 19 minutos. Em treinamento anterior, ele mostrou sua capacidade como arremessador de longa distância, acertando 19 dos 25 arremessos de 3 que tentou.

Bronny James tem até o dia 29 de maio para decidir se permanecerá no draft ou retornará à faculdade. Decisão difícil, mas que ele deseja tomar sozinho, sem a influência e pressão de ninguém, nem mesmo de seu pai: "Estou pensando muito, passo muito tempo sozinho, pensando sobre onde eu quero estar e onde meu coração quer que eu esteja."