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NBA Draft 2018: as dez primeiras escolhas

Depois de muitas especulações e expectativas, finalmente foram definidas as escolhas do Draft da NBA em 2018, considerada uma das classes mais talentosas dos últimos anos. Nesta quinta-feira, no Barclays Center, em Brooklyn, Nova York, os atletas universitários foram escolhidos e agora têm definidos os times que defenderão na temporada 2018/19:

Pick #1 - Phoenix Suns: Deandre Ayton

Pivô mais dominante da NCAA na temporada passada. Impressiona pela força física e agilidade dentro de quadra. Ofensivamente, lembra Joel Embiid. Defensivamente, ainda é muito cru e com poucos instintos.

No ataque é praticamente completo. Bom jogo de costas para a cesta, arremesso de média distância e se aventurou do perímetro, com 34%. Ayton é o prospecto para chegar, assumir a titularidade e ser um dos principais jogadores do time.

Médias (Arizona na NCAA): 20.1 pontos, 11.6 rebotes e 1.9 toco em 33 minutos

Pick #2 - Sacramento Kings: Marvin Bagley Junior

O pivô mais técnico do recrutamento. Ágil, tem na transição sua principal virtude. Em um time que goste de contra-atacar, Bagley pode se tornar uma arma quase letal. Canhoto de arremesso ainda razoável, mas de extrema força no garrafão, seja finalizando próximo do aro ou brigando por rebotes.

O principal problema é na defesa. Sofre muito pela falta de instintos de bom defensor. Precisará desenvolver seu corpo e definir sua posição: ala-pivô ou pivô. Um dos potenciais mais duvidosos do Draft: pode ser um grande jogador ou um bust.

Médias (Duke na NCAA): 21.0 pontos e 11.1 rebotes em 34 minutos

Pick #3 - Atlanta Hawks (trocado para os Mavericks): Luka Doncic

Para muitos o europeu mais pronto a ir para um Draft na história da NBA. Doncic já fez história. MVP da Euroliga, campeão europeu pelo Real Madrid e pela seleção eslovena, feito inédito, até então. Com 19 anos, lidera o clube espanhol e desde os 16 já fazia parte da rotação.

Armador com altura de ala tem ótima visão de jogo, bom arremesso do perímetro e sólida defesa. A experiência é um diferencial. Joga contra profissionais, enquanto a maioria estava no basquete universitário, medindo forças contra amadores e jovens.

Médias (Liga ACB e Euroliga): 14.5 pontos, 5.2 rebotes e 4.6 assistências em 25 minutos

Pick #4 - Memphis Grizzlies: Jaren Jackson Junior

Talvez o jogador com maior potencial do Draft. Um dos mais novos do recrutamento, tem capacidade nos dois lados da quadra. Pivô com agilidade para levar a bola desde a quadra de defesa, boa visão de jogo e arremesso do perímetro. Tem muito a desenvolver dentro do garrafão, mas se consolida como uma das melhores escolhas a longo prazo.

Foi um dos líderes de tocos na NCAA na temporada passada. Posicionamento defensivo exemplar e tempo de bola incrível. Ainda enfrenta problemas com faltas, mas pode ajudar imediatamente.

Médias (Michigan State na NCAA): 10.9 pontos, 5.8 rebotes e 3.0 tocos em 21 minutos

Pick #5 - Dallas Mavericks (trocado para os Hawks): Trae Young

História do basquete universitário na temporada passada. De pouco falado a jogador mais visto na TV americana na NCAA. Trae Young é o jogador mais parecido com Stephen Curry que apareceu desde que o armador dos Warriors saiu de Davidson e foi para a NBA. Liderou o país em pontos e assistências como calouro.

Arremessador nato, de qualquer lugar da quadra, tem ótima visão de jogo e é um scorer. Ainda tem problemas para definir jogadas próximas do aro e defender armadores mais rápidos e fortes. Na NBA, terá que selecionar melhor seus arremessos. No entanto, será certamente um dos jogadores mais legais de se assistir.

Médias (Oklahoma na NCAA): 27.4 pontos, 8.7 assistências e 3.9 rebotes em 35 minutos

Pick #6 - Orlando Magic: Mo Bamba

Proteção do aro. Com uma envergadura de 2,39m, dificilmente alguém encarará Bamba sem mudar seu arremesso. Maior envergadura da NBA, Bamba tem tudo para ser uma aberração física na Liga. Mas o talento do pivô não se limitar a dar tocos e finalizar ponte-aéreas. Arremesso do perímetro em desenvolvimento, toque refinado no jogo de costas para a cesta, o transformam em um dos melhores da posição.

Ainda é cru ofensivamente, mas junto com Jaren Jackson Jr, tem o maior potencial entre os pivôs do recrutamento.

Médias (Texas na NCAA): 12.9 pontos, 10.5 rebotes e 3.7 tocos em 30 minutos

Pick #7 - Chicago Bulls: Wendell Carter Junior

O pivô mais inteligente do Draft e o mais subestimado. Gosta de receber a bola de costas para a cesta e achar o companheiro mais bem posicionado. Sólido do perímetro e, principalmente, defensivamente.

Equipes que precisam de um pivô pronto para ajudar, mas sem o mesmo potencial dos outros, certamente apostarão em Carter.

Médias (Duke na NCAA): 13.5 pontos, 9.1 rebotes, 2.0 assistências e 2.1 tocos em 27 minutos

Pick #8 - Cleveland Cavaliers: Collin Sexton

Rápido. Ágil. Excelente finalizando em transição. Um scorer nato. Numa classe restria de armadores playmakers, Sexton une a pontuação e a armação. Pode defender até jogadores da posição 2.

Sexton é um armador pronto para ajudar e responder imediatamente. Eric Bledsoe é uma das comparações mais vistas. O potencial do jogador ex-Alabama é ainda maior.

Médias (Alabama na NCAA): 19.2 pontos, 3.8 rebotes e 3.6 assistências em 30 minutos

Pick #9 - New York Knicks: Kevin Knox

O modelo de jogo lembra Jayson Tatum. Mais subestimado do que o calouro do Boston Celtics na época de NCAA. Liderou Kentucky, mas mesmo assim foi pouco lembrado nos mocks.

Atlético, arremessador do perímetro consistente e defensor em potencial. Knox pode jogar tanto de ala como ala-pivô. Tem a capacidade de chegar na Liga e impactar, principalmente ofensivamente.

Médias (Kentucky na NCAA): 15.6 pontos e 5.4 assistências em 32 minutos

Pick #10 - Philadelphia 76ers (trocado para os Suns): Mikal Bridges

O ala arremessador de três pontos e defensor mais pronto do Draft. Já tem 22 anos. Na sua primeira temporada, ficou de fora. Jogou outras três. Evoluiu com o tempo. Atlético, excelente defensor e pronto para ajudar. Não será o melhor jogador do recrutamento, mas um dos que tem maior capacidade de entregar o máximo.

Dois títulos universitários em quatro anos de Universidade. DNA de campeão é uma marca. Deverá levar isso para a NBA.

Médias (Villanova na NCAA): 17.7 pontos, 5.3 rebotes e 1.5 roubo em 32 minutos