Literatura Gótica Quotes

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Mary Wollstonecraft Shelley
“La vida y la muerte se habían convertido para mí en fronteras imaginarias y yo sería el primero en romperlas, solo con el fin de echar un torrente de luz en nuestro tenebroso mundo. Una nueva especie podría bendecirme como a su creador.”
Mary Shellley, Frankenstein

Ana F. Arruty
“Porque puede que no fueran más que eso, dos espíritus atemporales, extrangeros en un lugar y un tiempo al que no pertenecían, pero en el que, desafortunadamente, les tocó vivir.”
Ana F. Arruty, Aquello que no se ve

Ana F. Arruty
“La observó alejarse, y sin ser plenamente consciente de ello, cruzó los brazos; tal vez para protegerse del frío, o quizá para atenuar la aterradora sensación de que, de pronto, estaba completamente sola.”
Ana F. Arruty, Aquello que no se ve

Ana F. Arruty
“Peligro, misterio, advertencia. Los tres ingredientes que, combinados, daban lugar a las maquinaciones y planes más temerarioa que la mente de una niña traviesa era capaz de inventar.”
Ana F. Arruty, Aquello que no se ve

“Sendo superfície refletora da sociedade, a figura mítica do vampiro passa também a espelhar a construção das identidades contemporâneas no que estas se apresentam mais fluidas e interessadas em favorecer aditivas (um constante “sou isso ‘e’ isso”) em detrimento de alternativas (um binário “sou isso ‘ou’ isso”), assim como em verificar as coincidências de opostos ao invés de meramente polarizá-los. No que o vampiro finalmente sai das sombras para bradar sua natureza a plenos pulmões, assumindo o protagonismo de sua narrativa e passando a valorar-se por sistemas que não mais o confinam nos lugares fixos que previamente ocupara, ele continua abrindo caminhos para novas (re)interpretações, mantendo-se intrigante, relevante e revelador no que nos convida a partilhar de suas experiências
arrebatadoras à sombra do mal.”
Thiago Sardenberg, O VAMPIRO À SOMBRA DO MAL

“Algo que não pode ser tão facilmente erradicado é, talvez, o maior dos medos vitorianos: o de que ao procurar pelo reflexo do vampiro, esse Outro, no espelho, irás encontrá-lo rastejando dentro de ti.”
Thiago Sardenberg, O Vampiro à Sombra do Mal: A Fluidez do Lugar da Figura Mítica na Literatura

“Em sua busca por uma ressignificação do mal fora do Cristianismo, Lestat não tenta, entretanto, posicionar-se como sendo necessariamente o oposto dele. Afinal, como afirma Rice, ainda que Lestat “seja um símbolo de formas de liberdade e domínio, eu nunca perco de vista o mal que tem em si”. Esse mal em si, todavia, não o limita ou tampouco o define; ele é reconhecido, aceito e passa a integrar um mosaico complexo que compõe a identidade em transfiguração do “vampiro deste tempo”.”
Thiago Sardenberg

“Enquanto Stoker via seus vampiros como manifestações do proibido e do profano, Rice explorou-os como formas de lidar com sua realidade, com conflitos que lhes eram particulares; ela, que sempre se viu refletida na figura do outsider, sentiu-se confortável ao lidar com figuras que tentavam encontrar um significado para si fora da normatividade. Louis e Lestat, tão diferentes, carregam em si um pouco do fantasma da culpa católica e do desejo por ruptura e liberdade – sentimentos conflituosos, mas presentes simultaneamente em Rice.”
Thiago Sardenberg, O Vampiro à Sombra do Mal: A Fluidez do Lugar da Figura Mítica na Literatura

“Para um indivíduo em 2020, todavia, o vislumbre de uma pandemia como essa era fundamentalmente de ordem estética, experienciado com o distanciamento seguro oferecido pela arte — que não deixou de povoar o imaginário das últimas décadas com toda sorte de desastres biológicos e epidêmicos, não raramente fabricando cenários de epidemias vampirescas.
Certamente, nosso olhar para essas narrativas ganha complexidade no que atravessamos coletivamente o momento de crise. Uma questão, porém, inevitavelmente se assoma: do que nos fala essa — nada sutil — insistência?”
Thiago Sardenberg, À Noite não Restariam Rosas: A Ameaça Epidêmica em Narrativas Vampirescas

“Nas artes, afinal, o vampirismo é como que endêmico — os surtos que retratam aparecem e então se tornam latentes por tempo indeterminado; quando os esquecemos ou julgamos tê-los superado, eis que reaparecem, seus monstros-vampiros funcionando como personificações de uma nova “variante” bem preparada para desarmar as defesas que construímos.”
Thiago Sardenberg, À Noite não Restariam Rosas: A Ameaça Epidêmica em Narrativas Vampirescas