Ingrid Rios torna os cuidados da fissura labiopalatina divertidos

Quando a Dra. Ingrid Rios encontra pela primeira vez um casal aconchegado a um bebê com fissura labiopalatina, com o medo claro como a fissura sob o nariz do recém-nascido, ela dá a eles dois conselhos: Seja consistente e divirta-se.

Seja consistente, pois se você sair na metade do tratamento, seu filho não verá nenhum dos resultados. Divirta-se porque vamos aprender muito juntos e prometo que as coisas vão melhorar. 

Se eles estiverem céticos, ela lhes conta sua história. Quando sua filha nasceu com uma fissura labiopalatina, ela tinha o mesmo rosto que seus novos pacientes. Mas, à medida que sua filha crescia e passava por cirurgias e outros tratamentos essenciais, como ortodontia, apoio psicológico e terapia da fala, Ingrid mal podia acreditar na jovem saudável e segura de si que ela havia se tornado ou que seu sorriso pudesse ser tão deslumbrante. Agora ela tem 19 anos e está prosperando. 

"Trabalhar com essas crianças me dá a oportunidade de colocar em prática tudo o que sei", disse Ingrid, "ensinar, compartilhar minha experiência e dar-lhes esperança também". 

Agora ela trabalha como fonoaudióloga especializada em fissura labiopalatina em escolas e na Fundação Ayninakuna, sua parceira local da Smile Train. Lá, ela ajuda essas crianças a receber um espectro completo de cuidados, especialmente terapia fonoaudiológica, pelo tempo que precisarem para falar com clareza e confiança. 

"A comunicação ajuda muitas crianças, principalmente os jovens", explicou ela. "Mais tarde, quando se comunicam melhor, elas são incentivadas, ficam felizes e mais abertas à sociedade em geral." 

Ao contrário da crença popular, geralmente é preciso mais do que uma única cirurgia para curar uma fissura labiopalatina. Os bebês com fissuras labiopalatinas geralmente não conseguem se alimentar e precisam de suporte nutricional para que possam permanecer vivos por tempo suficiente para receber a cirurgia. Mesmo após a primeira cirurgia, a maioria ainda precisa de anos de trabalho ortodôntico e odontológico especializado, terapia da fala e cuidados psicossociais, além de muitas outras cirurgias. 

É por isso que, em vez de levar médicos de fora para áreas carentes em missões médicas de curto prazo, a Smile Train foi pioneira em uma abordagem diferente: Financiando, treinando e equipando especialistas locais apaixonados, como Ingrid e sua equipe, para disponibilizar um serviço completo de tratamento de fissura labiopalatina de classe mundial em qualquer lugar do mundo, 100% gratuito para as famílias necessitadas. 

Os resultados falam por si: Nos 25 anos desde a nossa fundação, patrocinamos mais de dois milhões de cirurgias de fissura labiopalatina que mudaram vidas - mais do que todas as outras instituições de caridade juntas - em mais de 95 países, contribuindo com mais de US$ 69 bilhões para a economia global. 

Por trás desses números enormes estão as inúmeras interações pequenas e íntimas que os parceiros da Smile Train, como Ingrid, têm com seus vizinhos necessitados todos os dias.

Em suas palavras, "O apoio que a Smile Train nos dá é importante em nível econômico, especialmente com as famílias, para as cirurgias. No caso de outros profissionais, nós nos beneficiamos com o treinamento. O tratamento abrangente da fissura labiopalatina nos dá uma perspectiva completa da família e da criança e das necessidades que elas têm."

"O que mais gosto em meu trabalho é poder interagir com as crianças, brincar, fazê-las se divertir e fazê-las se sentirem autoconfiantes. Também gosto de trabalhar com jovens e ver como suas atitudes mudam e com as famílias quando elas se sentem felizes. Ver os resultados é o que mais me satisfaz, eu realmente gosto disso."